terça-feira, 27 de março de 2007

custa?
vou esperar até amanhã só.
do jeito que anda, mais pára.
vociferam em meus ouvidos
e murmuram por entre as minhas tripas.

olham inconvenientemente
a minha inconveninência.

pedem o bis
de algo inrepetível.

(im)possível inferir
se eu ou eles.

um dia eu me calo
e me sento
e não olho

e eles
vão falar
p(ara)or mim.

terça-feira, 13 de março de 2007

full of everyone

eu até tento ser alguém melhor, mas quando eu penso que tô conseguindo, outro vem e destrói tudo. eu sei que eu tenho culpa. só que nem sempre eu deixo de ser injustiçada. e não falo isso por pena de mim, porque quem menos tem pena, e de mim, sou eu. falo por ser pura sacanagem mesmo.

eu não consigo mais nem usar aquele lirismo.
assim como as pétalas, a espontaneidade e os textos secam.
nada mais parece bonito, ou diferente, ou gostoso.
talvez exames seletivos não venham a testar o conhecimento básico das escolas,
mas o básico de si mesmo.
poucos são aqueles que não se abatem com o sol do meio-dia;
ou mesmo, a falta de água.
eu já me abati, morri e estou sendo comida.
literalmente.
flor não é fênix, é flor.
que não reaparece de imediato,
não precisa tornar-se mais bonita
ou representar esperança.

que se fodam, posso tornar mais fácil calar bocas do que falar impensadamente. e vô, tá escrito.

[look what you've done.]