terça-feira, 17 de outubro de 2006

Reconhecem? Obrigada.

Proposta 2
Elabore um artigo de opinião a ser encaminhado à coluna Espaço do Leitor, de um hornal de circulação local, cujo foco seja o paradoxo da vida atual, apecto levantado por Maria Teresa Hellmeister Fornaciari, autora do texto "Tempo, tempo".

Tempo, tempo
Realmente paradoxal esse momento de nossas vidas, em que a ciência nos permite viver cada vez mais e nós vivemos cada vez menos. Paradoxal e angustiante.
Renovamos o modelo de nosso telefone celular, mas não nos sobra tempo para conversarmos. Trocamos os nossos laptops e esquecemos do convívio humano. Trocamos a leitura dos livros à nossa disposição nas empoeiradas bibliotecas pelas célebres análises das obras na Internet ou simplesmente substituímos os clássicos por adapatações facilitadas dos mesmos. Preferimos alimentos light em forma de pó ou de pílulas ás temíveis iguarias prejudiciais à nossa saúde. O elenco de nossas permutas é enorme. Temos pressa e tornamo-nos robotizados e preguiçosos para refletir, pois tudo cai em nosso colo de maneira simplificada, ágil e atrativa.
Machado de Assis tinha razão: estamos enterrando o melhor de nós mesmos um pouco por dia. Resta-nos o consolo de que, pelo menos, estamos em dia com os avanços do mundo tecnológico.


Aluna: Luena Barros Turma: 2mb
Título: Neorebeldia

A tecnologia nasceu do homem para o homem. A cria de pé dos seres pensantes veio para tornar-se escrava daqueles que a pariram, desvendando mistérios, quebrando tabus e redefinindo a idéia de conforto; todavia, uma mutação gênica trouxe à tona um monstrinho que, por vezes, contradiz o objetivo inicial e faz de seus pais de proveta, bonecos de trigo.
Parece-me que já não vivo sem o meu computador. A tela pálida, as letras salientes e o cheiro de silício acolhem os meus sentimentos, alimentam minha curiosidade e aumentam meu círculo social. Será? Ao pensar em alguns anos atrás, antes de qualquer tipo de depenência neocientífica, não recordo do três-em-um geométrico Lembro sim, das reuniões em lares amigos que me acolhiam em todas as horas, da curiosidade saciada por livros e reuniões em lares amigos.
Aconteceu: a criança cresceu, rebelou-se e devolveu com um tapa na cara. A verdade é que a prestação de serviços mecanizados mecanizou nossas vidas. Com a tecnologia a nosso favor, sofremos os contras de um mundo técnico-científico-informacional. A possibilidade de novas formas de comunicação defazou as antigas e aumentou o número de psicólogos.
Atrelada à minha maquinaria, esqueço a realidade e participo do mundo virtual que, hoje, é real. Tudo que necessito está ao alcance de um dedo, ou, de um clique. Não falo, digito; não penso, absorvo; não sinto, crio símbolos. Maria Fornaciari disse em seu texto "Tempo, tempo" que atualmente temos a possibilidade de vivermos cada vez mais, porém, vivemos cada vez menos. Discordo. Não vivemos faz tempo, apenas funcionamos.
Só nos restam duas opções: ou rebatemos com o cinto, na tentativa de apaziguarmos os ânimos juvenis, ou esperamos a completa subordinação a caprichos adolescentes. Deixaria minhas calças caírem, depois de tanto observar a repudiação ao caráter que, um dia, foi humano.

domingo, 15 de outubro de 2006

é, baba baby.

oh, please, ask me nothing. i'm like that, and i always will be.

sábado, 7 de outubro de 2006

07/10/06

clima de natal.
comida de festa.
gênio de menina boa.
problemas de gente grande.

cachorro bobo.
sol enjoado.
cheiro de tucupi.

flashback musical.
nostalgia.
sonhos possíveis.

surpresa.
vontade.
raiva.
dúvida.
tristeza.
vontade.

vontade.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

à deriva

a bóia que não quer estourar.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

monólogo a dois

- menina, pára com isso! fecha isso!

- não dá, não consigo!

- como não? já foi, filha! não tem mais volta. sabe a história do leite derramado? pois então... acorda pra vida!

- vida? que vida?

- ah, não seja dramática!

- não tô sendo dramática.

- toma, vai cortar os pulsos, vai.

- não disse que ia me matar. isso é drama. não faço dramas.

- ah tá, sou eu que faço. fecha logo isso.

- já disse que não consigo, mas que porra!

- olha menina, me respeita!

- me respeita tu! mas que saco! será que não se pode duvidar em paz aqui? porra... me deixa, deixa eu viver a minha vida.

- vida? que vida? ficar na frente do computador olhando pra isso é vida? criando e desenvolvendo dúvidas? ah, me poupe. vai descascar batatas, vai.

- não sei. mas é só nisso que consigo pensar.

- não pensa no que tu fizeste. pensa no que tu ainda podes fazer. confia em mim, se tiver que ser, será.

- será?

domingo, 1 de outubro de 2006

e eu dizia ainda é cedo

foda-se porra nenhuma, fudeu tudo. de qualquer forma, acho que estaria fudida mesmo. é foda. é foda ser assim, nada. é foda saber tudo e não saber nada. é foda ter dúvidas. rapaz, não sei o quê fiz, só sei que fiz. não sei como deveria ser, mas tá sendo de qualquer jeito. é, isso não é legal. é, eu não sou legal. eu disse que era má e ninguém acreditou. eu disse que era confusa, mas ninguém levou a sério. eu disse que não sabia o que tava fazendo e ninguém fez nada. então fiz. e não sei o que foi, nem o que vai ser. muito menos o que é. talvez não fosse pra ser. é, acho que não era. mas não era o quê? essas musiquinhas vêm me perturbar. enchem o saco. elas falam demais, falam comigo, falam por mim. só ainda não decidi que música escolher. nem pra quem.