sábado, 23 de dezembro de 2006

é, coisa de VIP

23:45

cries in downtown, the ground is shaking...

- alô?
- mitié?
- oi, farah, que foi?
- posso te pedir um favor?
- que foi, menina?
- posso ligar pra tua casa?
- por que, o que foi?
- posso? é papo em off...
- tá, beleza, pode.

(...)

trim

- oi.
- oi mitié.
- que foi?
- a amanda e a carol vão dormir aqui em casa.
- vão?
- vão.
- hum.
- vem pra cá?
- ir praí? como?
- sei lá, pede pro teu pai...

¬¬

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

se conselho fosse bom (...)

vaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiii se fudêêêêêêê!

se conselho fosse bom o caralho, conselho é bom, tô te dando, senta aí, bebe uma agüinha e escuta, porra!
é porque eu penso isso, aquilo, coisa feia menina, ihh, fala isso não, cuidado com os pensamentos, opa, pára com isso, que merda!
eu penso, eu falo, eu não controlo a língua e nem, as mãos se puder.
se não penso, não falo e fito um ponto fixo com um olhar sereno, é porque tô pensando alguma coisa obscura, que tem que ser dita, e já, e eu preciso de um conselho, me fala algo pelo amor de deus, o que estás pensando, blá, blá, blá.
quer saber a verdade? ela é tosca, não gosto dela, ela é feia, empolgada, pirralha e profundamente irritante.
tu és legal, bonito, inteligente, engraçado e alto demais pra tanta repugnância.
eu, ciúme? deixa de ser abestado, escuta o que eu tô te falando e pronto.
porra que é.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

coisas de final de ano

já tenho todos os incentivos que me faltavam:
- estudar desesperadamente nas últimas duas semanas e meia que me restam;
- (con)viver pacificamente;
- ajudar o(s) próximo(s);
- terminar de usar o hidratante com cheiro de iogurte;
- ler de vez aqueles livros chatos;
- responder à tudo que esperam de mim.

afinal, é final de ano. final de ano é um incentivo pra qualquer um. final de ano indica que um novo ano branquinho vai começar, sem as manchas de suor, suco e baba que a gente deixou nesse.

eu queria que o final de ano durasse pra sempre. aí a gente não precisaria se preocupar com os problemas do outro ano. e já teria cuidado dos problemas no nosso ano. e aí não teriam problemas, só aquelas coisinhas chatas de final de ano. é, ir ao médico, cortar cabelo, arrumar o quarto, quebrar o porco, organizar alguma coisa chata pro papai que nunca foi organizada e outros chuchus.

mas é sempre bom. que aí a gente pensa que tudo vai ser diferente, só porque a gente tá trocando de calendário, comprou uma calça nova pro colégio e mudou o corte de cabelo. e no final das contas (e do ano) acaba tudo sempre igual, com a gente igual, os mesmos anseios, os mesmos transtornos irresolvidos(víveis) e a mesma velhota que só vai morrer depois da gente. e ainda é rabugenta a safada, olha.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

ah, bruta flor do querer

hoje de manhã eu pensei em escrever em como você era má, chata e autoritária. assim como eu. eu sufoquei todos os meus pensamentos no travesseiro e engoli todas as palvras malcriadas. pensei em como eu era infeliz e incompreendida nesse mundão injusto.
cinquenta por cento da seu mal-humor? isso é muito. não pensei que movia mundos assim. mas sabe, quis dizer que era também cinquenta por cento da minha tristeza. só que não disse e você percebeu, eu acho.
foi aí que eu acordei com um beijinho de perdão e um "te amo" indizível e engasgado por tempos. virei pr'um lado e abracei o meu orgulho. e depois sonhei um sonho sem mal-humor e tristeza.
então acordei e pensei em escrever em como a gente é boba.

domingo, 17 de dezembro de 2006

por Greyscull

eu quero e preciso. mas não consigo. eu tento, briga de foice na minha cabeça, sabe? mas nada. nada acontece. eu juro todas as noites, e me prometo todas as manhãs, mas todas as tardes eu esqueço. não posso esquecer. e não vou mais. hoje à noite, eu juro que não vou prometer amanhã porque não vou precisar esquecer. é o meu futuro. é a minha integridade moral, e física daqui até o fim dos meus tempos. a minha força de vontade que precisa ser exercitada, daqui até pra sempre. é, que ela é fraquinha, nem se aguenta em pé. mas só até hoje.

sábado, 16 de dezembro de 2006

certo? já decidi, vou fazer e pronto, ninguém se mete, ninguém joga a sardinha d'um lado pro outro que ela é minha e acabou-se. não adianta, é o que eu quero, que eu vou fazer e não há nada que vocês possam destroçar. talvez, talvez vocês tenham razão. mas agora, ela é minha e dela, faço o que quiser. oquêi?

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

tudo igual, diferente.

você: eu? Luena Mitié, bobinho.
idade: 16, quase 17.
signo: áries, signo do fogo, da impaciência, teimosia, esperteza, vivacidade e asperesa, há, há, há!
virtude: ah não, sei, nunca me disseram. acho que a modéstia.
defeito: pode ser mais de um? é que ainda não elegi o meu preferido.
futuro: faculdade de jornalismo, direito, letras, interpretação e tradução e psicologia, escritora de best-sellers, colunista e redatora-chefe da Revista Olhe, desembargadora, corretora da prova de língua portuguesa da banca do vestibular federal e psicóloga nas horas vagas.
passado: obscuridade mais limpa e clara e única. é que acho que além de tudo, ainda sou saudosista. pelo menos de uns tempos pra cá.
presente: meio capenga, mais pra lá de bagdá.
tosquice: marca de pano branco no braço.
só o filé: cordinha, cordinha!
lembrança: o bolo amarelo com cobertura de chocolate e cereja da vovó.
cálculo: a razão entre a insensatez e o amor.
vontade: de chocolate.
medo: de esquecer tudo o que eu aprendi de mim, da vida. já pensou? esquecer dessa coisa fantástica? não, nunca, té doidé?

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Reconhecem? Obrigada.

Proposta 2
Elabore um artigo de opinião a ser encaminhado à coluna Espaço do Leitor, de um hornal de circulação local, cujo foco seja o paradoxo da vida atual, apecto levantado por Maria Teresa Hellmeister Fornaciari, autora do texto "Tempo, tempo".

Tempo, tempo
Realmente paradoxal esse momento de nossas vidas, em que a ciência nos permite viver cada vez mais e nós vivemos cada vez menos. Paradoxal e angustiante.
Renovamos o modelo de nosso telefone celular, mas não nos sobra tempo para conversarmos. Trocamos os nossos laptops e esquecemos do convívio humano. Trocamos a leitura dos livros à nossa disposição nas empoeiradas bibliotecas pelas célebres análises das obras na Internet ou simplesmente substituímos os clássicos por adapatações facilitadas dos mesmos. Preferimos alimentos light em forma de pó ou de pílulas ás temíveis iguarias prejudiciais à nossa saúde. O elenco de nossas permutas é enorme. Temos pressa e tornamo-nos robotizados e preguiçosos para refletir, pois tudo cai em nosso colo de maneira simplificada, ágil e atrativa.
Machado de Assis tinha razão: estamos enterrando o melhor de nós mesmos um pouco por dia. Resta-nos o consolo de que, pelo menos, estamos em dia com os avanços do mundo tecnológico.


Aluna: Luena Barros Turma: 2mb
Título: Neorebeldia

A tecnologia nasceu do homem para o homem. A cria de pé dos seres pensantes veio para tornar-se escrava daqueles que a pariram, desvendando mistérios, quebrando tabus e redefinindo a idéia de conforto; todavia, uma mutação gênica trouxe à tona um monstrinho que, por vezes, contradiz o objetivo inicial e faz de seus pais de proveta, bonecos de trigo.
Parece-me que já não vivo sem o meu computador. A tela pálida, as letras salientes e o cheiro de silício acolhem os meus sentimentos, alimentam minha curiosidade e aumentam meu círculo social. Será? Ao pensar em alguns anos atrás, antes de qualquer tipo de depenência neocientífica, não recordo do três-em-um geométrico Lembro sim, das reuniões em lares amigos que me acolhiam em todas as horas, da curiosidade saciada por livros e reuniões em lares amigos.
Aconteceu: a criança cresceu, rebelou-se e devolveu com um tapa na cara. A verdade é que a prestação de serviços mecanizados mecanizou nossas vidas. Com a tecnologia a nosso favor, sofremos os contras de um mundo técnico-científico-informacional. A possibilidade de novas formas de comunicação defazou as antigas e aumentou o número de psicólogos.
Atrelada à minha maquinaria, esqueço a realidade e participo do mundo virtual que, hoje, é real. Tudo que necessito está ao alcance de um dedo, ou, de um clique. Não falo, digito; não penso, absorvo; não sinto, crio símbolos. Maria Fornaciari disse em seu texto "Tempo, tempo" que atualmente temos a possibilidade de vivermos cada vez mais, porém, vivemos cada vez menos. Discordo. Não vivemos faz tempo, apenas funcionamos.
Só nos restam duas opções: ou rebatemos com o cinto, na tentativa de apaziguarmos os ânimos juvenis, ou esperamos a completa subordinação a caprichos adolescentes. Deixaria minhas calças caírem, depois de tanto observar a repudiação ao caráter que, um dia, foi humano.

domingo, 15 de outubro de 2006

é, baba baby.

oh, please, ask me nothing. i'm like that, and i always will be.

sábado, 7 de outubro de 2006

07/10/06

clima de natal.
comida de festa.
gênio de menina boa.
problemas de gente grande.

cachorro bobo.
sol enjoado.
cheiro de tucupi.

flashback musical.
nostalgia.
sonhos possíveis.

surpresa.
vontade.
raiva.
dúvida.
tristeza.
vontade.

vontade.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

à deriva

a bóia que não quer estourar.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

monólogo a dois

- menina, pára com isso! fecha isso!

- não dá, não consigo!

- como não? já foi, filha! não tem mais volta. sabe a história do leite derramado? pois então... acorda pra vida!

- vida? que vida?

- ah, não seja dramática!

- não tô sendo dramática.

- toma, vai cortar os pulsos, vai.

- não disse que ia me matar. isso é drama. não faço dramas.

- ah tá, sou eu que faço. fecha logo isso.

- já disse que não consigo, mas que porra!

- olha menina, me respeita!

- me respeita tu! mas que saco! será que não se pode duvidar em paz aqui? porra... me deixa, deixa eu viver a minha vida.

- vida? que vida? ficar na frente do computador olhando pra isso é vida? criando e desenvolvendo dúvidas? ah, me poupe. vai descascar batatas, vai.

- não sei. mas é só nisso que consigo pensar.

- não pensa no que tu fizeste. pensa no que tu ainda podes fazer. confia em mim, se tiver que ser, será.

- será?

domingo, 1 de outubro de 2006

e eu dizia ainda é cedo

foda-se porra nenhuma, fudeu tudo. de qualquer forma, acho que estaria fudida mesmo. é foda. é foda ser assim, nada. é foda saber tudo e não saber nada. é foda ter dúvidas. rapaz, não sei o quê fiz, só sei que fiz. não sei como deveria ser, mas tá sendo de qualquer jeito. é, isso não é legal. é, eu não sou legal. eu disse que era má e ninguém acreditou. eu disse que era confusa, mas ninguém levou a sério. eu disse que não sabia o que tava fazendo e ninguém fez nada. então fiz. e não sei o que foi, nem o que vai ser. muito menos o que é. talvez não fosse pra ser. é, acho que não era. mas não era o quê? essas musiquinhas vêm me perturbar. enchem o saco. elas falam demais, falam comigo, falam por mim. só ainda não decidi que música escolher. nem pra quem.

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

ah, foda-se.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

égua, doido, realize...
não sei de mais nada!

é ou não é?
acho que não.
não mais.

talvez nunca tenha sido.

imaginação foda.

bloqueio cerebral a mil.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

hoje a noite não tem luar...

...só um sorriso metálico.

mais um rosto perdido; diferente. esse reflete o sorriso.
apesar dos pesares, as amarguras da vida não conseguiram tirar o doce da sua boca hoje.
nem a musicalidade da vida; que vez ou outra, altera sua freqüência.
nem o andar ritmado na avenida.


ela não vai morrer, porque ela não morre nunca.
ela é fênix, que se renova a cada iminência de desespero.
depois ela sai voando.
às vezes ela me leva junto, às vezes ela vai só, mas sempre volta.
sabe como é, eu tenho medo de altura.

sábado, 23 de setembro de 2006

preso; só; e, alimentado pelo destino

por isso que não deveria ter falado nada. as pessoas entendem tudo errado. aliás, não entendem.
mas, sabe, quando eu gosto de alguém, eu tento ser mais sincera do que já sou. sincera não, transparente. porque, eu gosto de quando as pessoas que eu gosto sejam transparentes comigo. pra mim isso é demonstração de confiança. e eu confio naqueles que eu gosto.
só que... já vi que não dá certo. pode não ser o caso, mas tem gente, que, por mais que goste, não consegue aliviar as coisas más, só roubar as boas. as más não, as más são pra ti mesmo, guarda e te vira, dá teu jeito, não vem querer ofertar-lás pra mim.
eu gosto das coisas más tanto quanto das boas. elas, apesar de tudo, a diferenciação e os sentimentos que elas provocam que nos fazem humanos. e, eu sou mais humana do que qualquer um possa imaginar. sou como os outros, mas ninguém sabe. ou não quer saber.
é por isso que não divido. porque ninguém quer.
tenho problemas sim, dúvidas existenciais, choros incontidos e medo, assim como todos os outros. mas, e daí?
a verdade é que todos são muito egoístas e só sabem apontar os defeitos alheios (eu, assim? não, só aparentemente). depois, na hora do bate-e-rola, isso se transforma em compaixão. compaixão é feio demais. é por isso que não deveria ter falado nada.
não quero isso, quero sinceridade, e isso, tô muito longe de ter.
não sou dramática, sou realista.
só eu sei o que se passa na minha cabeça. só eu sei o que eu sinto.
só eu sou capaz de me explicar, ainda que tentem fazer isso por mim.

só não pensei que fosse capaz de fazer como os outros. porque quando eu ficava triste, era em ti que eu pensava pra me confortar.
agora não, quero mais é distância.
não, não é por raiva, é por experiência.
desculpa, não quis te atormentar com meus tormentos banais.
mas é que eles não são banais pra mim, e falta todo mundo entender isso.
eu te amo, mas esquece a parte que diz que tu tens que me confortar.
deixa que eu faço isso por mim mesma, sempre fiz.
não vai ser agora que vou morrer.
o meu problema?
o meu problema são vocês. se não fosse vocês eu não precisaria ficar me lamentando pelos cantos.
eu não faço isso pra chamar atenção. eu faço isso porque eu não a tenho, só isso.
ninguém sabe a metade dos problemas que eu venho enfrentando, então, por favor, não me peçam pra ser eu, pra ser forte e pra parar de reclamar de tudo.
porque vocês não sabem de nada.
vocês não entendem nada.
vocês não estão sofrendo os impactos das próprias ações.
não é tempestade em copo d'água. sou eu.
já pedi, não falem do que vocês não sabem.
do que vocês não sentem.
eu sei o que é, e eu posso sofrer do meu jeito.
sozinha e pronto.
não tô aqui pra incomodar ninguém.
é por isso que eu me tranco no banheiro e fico muda.
por isso que eu não choro em público.
porque não quero ser alvo de compaixão e crucificações.
eu já tenho meus problemas, não me arranjem mais.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Ensaio II - Da insegurança à dependência

Neorebeldia

A tecnologia nasceu do homem para o homem. A cria de pé dos seres pensantes veio para tornar-se escrava daqueles que a pariram, desvendando mistérios, quebrando tabus e redefinindo a idéia de conforto; todavia, uma mutação gênica, trouxe à tona um monstrinho que, por vezes, contradiz o objetivo inicial e faz dos seus pais de proveta, bonecos de trigo.
Parece-me que já não vivo mais sem o meu computador. A tela pálida, as letras salientes e o cheiro de silício acolhem os meus sentimentos, alimentam minha curiosidade e aumentam meu círculo social. Será? Ao pensar em alguns anos atrás, antes de ter qualquer tipo de dependência neocientífica, não recordo do três-em-um geométrico. Lembro sim, dos amigos para todas as horas que acolhiam meus sentimentos, da minha curiosidade saciada pelas informações recolhidas na biblioteca e das reuniões em lares amigos que reforçavam os laços de amizade.
Aconteceu: A criança cresceu, rebelou-se e devolveu com um tapa na cara. A verdade é que a prestação de serviços mecanizada mecanizou nossas vidas. Com a tecnologia a nosso favor, sofremos os contras de um mundo técnico-científico-informacional. A possibilidade de novas formas de contato entre pessoas defasou as antigas e aumentou o número de psicólogos.
Atrelada a minha maquinaria, esqueço a realidade e participo do mundo virtual que, hoje, é real. Tudo que necessito está ao alcance de um cômodo clique. Não falo, digito; não penso, absorvo; não sinto, crio símbolos. A Maria Teresa Fornaciari disse em “Tempo, tempo” que atualmente temos a possibilidade de vivermos cada vez mais, porém, vivemos cada vez menos. Discordo. Não vivemos faz tempo, apenas funcionamos.
Só nos restam duas opções: Ou rebatemos com o cinto, na tentativa de apaziguarmos os ânimos


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não tenho culpa. virei viciada. só penso mechendo os dedinhos agora.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Ensaio

Ato Único

Pés descalços rumando em uma única direção. Emoções incontidas diante de uma causa maior. Rostos sofridos aparados pela benção. O espetáculo da fé começou.
Apenas algumas horas para a absolvição de todos os pecados e a prestação de contas com os céus; para a elevação das almas, leves em seus arrependimentos; para uma sólida demonstração de amor.
As ruas trasmutam-se em palco da representação do zelo; os anjos descem dos céus para ocuparem as arquibancadas e velarem pelos atores de coração; a Rainha dos Paraenses desce do altar para receber a proteção atuante de seu povo.
O sofrimento físico se perde em meio a conceitos para tornar-se somente devoção e fé naquela que conforta nos momentos de dor e pela qual a dor já não se mostra tão importante.
Nada é capaz de assumir tanto valor quanto a Mãe do povo que a acolheu. As divergências somem e transformam-se num bem comum: o amor.
Uma onda de humildade, compaixão e respeito que confundem-se em um único sentimento invade os corações fiéis, mostrando a perfeição da Criação, passível de erros, mas digna de perdão.
Os olhos Plácidos se voltam para o ponto brilhante na multidão. É ela, a fonte do amor e da fé que move o Pará, a Nossa Senhora de Nazaré.



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não, não quero virar católica só pra fazer isso.
será que dá pra convencer??

sábado, 16 de setembro de 2006

olhaí, a maria mijona!

cabelo indefinido;
sombrancelha rala;
um palmo de testa;
orelhas grandes e brilhantes;
sorriso amarelo e desalinhado;
peito pequeno;
costelas preponderantes;
e os protetores de rim;
mãos grandes e dedos finos;
veias salientes.

e não vem com esse papo de que é frescura que não é.

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

sentimental

o quanto eu te falei que eu tinha mudado...
motivos eu nunca tive, pra ser assim.
você me falou, me ensinou... me falou do que foi pra você.
e agora eu não sei, quem é mais sentimental que eu.

de tanto eu te falar, eu subverti a razão e fiz dela um sentimento.
pra eu me perder no abismo que é sentir sem pensar em mais nada.

ele é mais sentimental que eu.
então fica bem, que eu sofro um pouco mais.

eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
eu sei, não tá longe, mas deixa eu fingir que já chegou.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Léxicon Décimo Primeiro

Falsidade: Ato ou efeito de falsear, não demonstrar a verdade; Fingir algo que não é verdadeiro. ANT sinceridade. Sorri: "Oi!"
Terrorismo: Utilizar da violência para impor vontades político-econômicas; Realizar atentados como uma forma de pressão. Aquilo que a hegemonia americana sofreu cinco anos atrás, mas ninguém esqueceu. Aquilo que sofremos todos os dias, de todas as formas (in)imagináveis, mas é impercebível. Lamento muito a destruição de um símbolo econômico. Lamento muito mais o massacre de inocentes fruto de uma política irracional e globalizada. Lamento não concordar com todos. Desculpem-me.
Discussão: Ato de discutir, conversar a respeito de algum assunto; expor opiniões; briga verbal, às vezes ofensiva ou não. Quando se discute é preciso ter bons argumentos. Ainda mais se a sua tese não coincidir com o habitual. Discutir sem argumentos além de irritante pra quem escuta, é doloroso pra quem é infundamentado.
Vitória: Conseqüencia de vencer, ganhar; Ter êxito. É o que nos resta ao expormos argumentos bem fundamentados.
Burrice: A não utilização da racionalidade; Transposição de atitudes ou idéias impensadas em viés da do que dita a razão; SIN/VAR irracionalidade, debilidade ANT inteligência. Estudar é um saco, mas é preciso. É um dos valores mais velhos e menos relevantes para os jovens de hoje. Não gostar de estudar, é fato. Não estudar, é burrice. Impedir os esclarecidos de estudar é, quase, um pedido de morte.
Ônibus: Meio de transporte urbano para uso coletivo, transportando em condições normais cerca 50 pessoas, e, em condições insalubres 85. SIN/VAR bonde, carroça férrica. Pior do que ir em pé, às sete da noite, hora do rush em Belém, é ir sentada do lado do corredor. Onde você senta sim, mas é empurrado do mesmo jeito, se obriga a, educadamente, levar o material dos felizardos que estão em pé, é impedido de acomodar-se do jeito que lhe convém, além de, ter de dar o ombro ao companheiro ao lado que, não resiste ao ventinho, e dorme.
Engarrafamento: Problema que acomete os grandes (ou não) centros urbanos em determinadas horas do dia; Pouca fluência no trânsito de veículos, por estes estarem em grande quantidade; Resultado de muitos carros e ônibus. Transferindo para a nossa realidade, sete da manhã, uma da tarde e sete da noite. Ou seja, os que eu saio de/para casa. Duas horas em meia em um ônibus, sem tomar banho, sentada no corredor, com uma sacola de frutas no colo é sacanagem.
Entroncamento: Objeto pouco estudado, ao que parece, seria um protótipo de feira livre, ecótone urbana e tragédia regional. Dizem que, de lá, sairia um túnel, contudo, nunca visto até os dias de hoje.
Menstruação: Descamação do endométrio, normalmente em um período de cinco a sete dias; Descarte do ovócito II, já invalidado; Pode vir acompanhada de sintomas que variam de indivíduo para indivíduo, sendo o mais freqüente, a TPM. Dor de cabeça, dor na coluna, dor na perna direita; sono, (maior) irritabilidade, inchaço abdominal, crises existencais. Duas horas em meia em um ônibus, sem tomar banho, sentada no corredor, com uma sacola de frutas no colo e menstruada é uma puta sacanagem.
Sorriso: Semi-circunferência realizada pelos lábios, podendo mostrar a dentição ou não; Forma de expressar um sentimento, seja ele, felicidade, satirismo, admiração, entre outros. Variações: sorriso amarelo, sorriso colgate, sorriso maroto. No caso, felicidade mútua de chegar em casa no mesmo dia em que se saiu dela.
Música: Seqüência de sons emitidos seguindo técnicas de harmonia e ritmo. A privada limpa o organismo, a música a alma.
Perfeição: Não ter defeitos; O melhor que pode ser obtido; Unânime; Indigno de erros. Ter um cabelo perfeito e ter que destruí-lo para ele voltar ao normal já é tristeza.
Colorau: Condimento de coloração vermelha utilizado para temperar alimentos; De odor e sabor bem acentuado. Até que colorau é gostoso, mas comer um bife vermelho é outra história. Com muita fome a gente come qualquer coisa, mas com muito colorau a gente joga tudo pro gato comer, morrer e parar de rasgar o saco de lixo.
Bis: Repetição de algo; Pedir de novo. SIN/VAR mais uma vez, novamente P. Ex. queremos ...! Guardar o bis pra uma ocasião especial é permitido, afinal, só tem uma caixa no armário. 11 de setembro, porquê não? Afinal, o Bush deveu e eu, também.

domingo, 10 de setembro de 2006

o mundo vai acabar e ela só quer dançar

mecher os pés, a cabeça e o pescoço. hum... verdade, isso ajuda demais.
fechar os olhos e sentir a música é coisa de drogado (i)lícito.
drogado sim, aquele que só faz drogas, só pensa em drogas e talvez, seja uma droga também.
na verdade, isso tudo é coisa de gente fraca. coisa de gente desprezível, que não tem em que se apoiar e acaba procurando essas drogas de meios.
fechar os olhos e esquecer é muito fácil.
mas... esquecer o quê?
alguns se viciam em farsas, que, nem sempre são farsas. às vezes de tanto serem farsas, viram fatos. às vezes não, mas... quem sabe?
elas viciam e elas consomem. e mudam tudo. podem até ensinar. podem até destruir o bom e trocar pelo mal.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

sorri, e aí ela te sorri de volta

Comer muito é uma das piores coisas da vida, só tráz prejuízos. a curto e longo prazo. a curto prazo, dor de barriga, sono e preguiça de ir pro violão, muuitaa preguiça; a longo prazo, ter que esconder os botões da calça aberta em lugares públicos e encontrar pouco, ou nenhuma, comida no jantar, impossibilitando uma outra farta refeição. afinal,convenhamos... comer muito é uma das melhores coisas da vida.
pois então, comi muito no almoço. e deitei no sofá, e a calça já não fechava mais e, meus olhos, não abriam. dormi, pra variar. ah, o que é que tem, sair atrasada uma vez ou outra, duas vezes na semana, terças e quintas pras aulas de violão...
O sol de belém sim, é uma das piores coisas da vida. e, pior que isso, são os ônibus. cada ônibus velho aliado a um motorista e a um cobrador carrancudo e barrigudo e mal-humorado e essas coisas mais, formam várias daquelas que seriam "a pior coisa da vida". juntando tudo, temos as piores coisas da vida: o sol de quatro horas da tarde (e essa inversão térmica, argh!) e todos os ônibus belém-belém.
Na verdade eu nunca tinha visto alguém sorrir espontaneamente e durante tanto tempo. sabe, eu me vi nela. me vi, quando sento na janela do ônibus e ignoro todas essas frivolidades irritantes pra ver beleza nelas. aí, começo a sorrir. por dentro, até não caber mais em mim e se expandir pra minha boca.
Ela sorriu a viagem inteira. Sentou de frente pra paisagem, encostou o ombro esquerdo na parede do ônibus e riu de todas aquelas situações cotidianas que ninguém mais enxerga, porque já perderam o sabor de acontecer. mas não de serem analisadas minunciosamente.
Ela era... eu! não, bobinhos, claro que não. ela era ela, de carne e osso, muito mais carne que osso, portanto, eu não seria. de tanto me ver nela e observar suas (re)ações, me deu vontade de sorrir.
Sorrir é bom. contagia, embeleza, incentiva. taí, uma das melhores coisas da vida, que a gente esquece, desaprende e aprende de novo, na iminência de cada (re)descobrimento dessas coisinhas, simples, sabe, como aquele creme de abacate esquecido no congelador.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

valores, valores acima de tudo.
esse é o meu lema, que eu esqueci por um tempo.
um lema que uma pessoa me ensinou e que me fez lembrar hoje.
nunca se esquecer em meio às pessoas. e esquecer os valores? então, já se esqueceu.
somos feitos de valores, valores ambulantes, melhor dizendo.
melhor exemplo disso é ela.
que é instável, sensível, teimosa. e valorosa, como é valorosa.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

há males que vêm pra bem. será?

sou briguenta, eu sei. mas não sou porque eu quero, sou porque sou, porque é genético, mamãe me fez assim.
me desculpem se eu sou incompreensiva, se arregalo os olhos e grito com vocês, ou se, mesmo sem falar nada, dou a entender meu descontentamento.
eu amo vocês, só isso.
só sou o mal querendo fazer o bem.
não quero que vocês sejam crianças inconseqüentes.
nem que destruam a própria personalidade.
sejam infelizes por e para procurar a felicidade, momentânea diga-se de passagem.
não é tempestade em copo d'água, é muito mais que isso.
mas nem sempre isso é visível aos olhos de todos.
não que eu seja mais esclarecida, ou experiente, longe de mim.
vocês é que parecem cegas demais.
talvez muitas coisas passem despercebidas por mim, já que, eu não sei fazer outra coisa a não ser colocar os outros lá embaixo, falando as verdades nuas e cruas.
é que eu acho que sinceridade é uma virtude e deve ser levada em consideração.
não queria atrapalhar, nem ser estorvo na(s) vida(s) de ninguém.
só quero ajudar, já disse.
nem sempre as pessoas querem ser ajudadas, eu sei, já percebi.
mas preciso ser persistente com vocês, porque, vocês... vocês não são um alguém. são as pessoas que eu amo. e pronto.

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

icoraciense eu sou. fazer o quê?

ônibus não, carroça. de ferro, seis rodas, em ressonância integral, controlada por um psicótico com sede de desnortear os viajantes com freadas buscas.

porra. égua, só porque hoje eu peguei ônibus cedo, jurando que sete meia ia tá em casa. porra. fico puta com isso, cara. engarrafamento gigantesco, pegou metade da almirante! puta a merda, dá vontade de quebrar o vidro da janela, dá um soco nessa moleca aqui do lado e enfiar o vidro no olho do suposto motorista, pra deixar de ser besta. porra.

lembranças obscuras, pensamentos vagos, paisagem monótona, marasmo e essa música. juntando tudo, dá uma dor de cabeça desgraçada. e o sono? que sono!!

mas que porcaria! comé que a gente escuta música? batendo os pés no chão? as mãos? mechendo os lábios, mas sem emitir sons? dando pulos? por que me olham? parece que nunca viram... ou escutaram, sei lá.

será que só reparo no meu reflexo no vidro do ônibus? que aliás, tá péssimo. lembra da cara de cu? poisé, uma legítima cara de cu, mal-humorada, doida pra chegar em casa, segurando a cabeça com a mão esquerda, testa franzida, olhos fixos num ponto distante e lábios formando um bico de pato.

mas por quê olham? uma galera vai descer na 16 e tá levantando, mas por quê tão olhando pra mim? meu cabelo tá feio? tem alguma coisa na minha cara? meu zíper tá aberto? tô cagada? mas que coisa, eu hein. tem gente que olha pra tudo...

terça-feira, 22 de agosto de 2006

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

eu digo que não me importo com a opinião alheia. mentira. no fundo, essas que dizem ser as mais auto-suficientes e pouco influenciáveis são aquelas que usam da negligência e da indiferença disfarçada pra serem um pouco mais admiradas, por sua independência e personalidade forte.
sou uma fracassada. que não consegue levar nada adiante, mas vive criando novas metas, sem ao menos tentar atingir metade delas. que até quando tenta, não consegue. parece que, quanto mais indiferente eu fico, melhor. porque não tive o trabalho de me preocupar e alcancei o meu objetivo. quando não, quando tento me esforçar, nada dá certo e eu saio frustrada por ter perdido tempo em algo que eu nunca vou ter.
eu não faço nada pra mim. faço pros outros verem o quanto eu sou legal, esperta e desleixada.
só que isso não dá mais certo, esse desleixo de todos esses anos, deixou a marca da irresponsabilidade que eu vou ter que vencer, de qualquer forma.
pra ter aquilo que eu tento almejo: o reconhecimento, e mais nada.

domingo, 20 de agosto de 2006

era o quê mesmo?

ah, esqueci.
eu sempre esqueço.
analiso o cotidiano alheio, ou até, o meu próprio, que consiste em observar tudo e todos; crio argumentos fortes; formulo opiniões sobre frivolidades; crio frases de impacto.
depois, esqueço.
o que eu queria era uma máquina. uma máquina, que coubesse na palma da minha mão, com fios invisíveis interligados no meu cérebro, pra que eu pudesse pensar e escrever, sem as mãos.
porque as mãos me atrapalham.
é, elas bloqueiam os meus pensamentos únicos, que eu nunca mais vou pensar.
e esqueço tudo.

ah, já esqueci de novo.
malditas.

sábado, 19 de agosto de 2006

Roberto Marinho: O revolucionador da mídia brasileira, só para lembrar que aqui, marketing pessoal é tudo.

dentro dessa lógica capitalista de hoje, eu não posso culpar os meus diretores por fazerem aquilo que seria um segundo lar, a complementação do apoio e da educação dada pela família, uma empresa. tudo bem, eles podem moldar a nossa imagem de aluno do futuro; podem lavar e enxagüar as mentes de pobres coitados e até mudar o curso da história das nossas vidas através de decisões mal quistas pra nós, mas bem quistas pr'eles.

- não, obrigada. não quero fazer medicina, muito menos direito na federal. já disse que não! mamãe me ensinou a tomar minhas próprias decisões. minha irmã me mostrou que devemos ser nós mesmos apesar de tudo. e eu percebi que não preciso agradar ninguém, muito menos você, senhor diretor. o que eu quero? jornalismo, lógico e evidente. sonho? eu sei... morro de fome, mas morro feliz, fazendo o que eu gosto, sem precisar dar ibope pra ninguém. só o que eu quero é ser eu.

a massificação de culturas proveniente da globalização criou um exército de mulas que usam calça da gang, nike shox 248.903 molas, pulseiras livestrong, chapinha no cabelo e dão lapada na rachada. desculpando as mulas, claro. talvez isso seja explicado cientificamente. é... talvez: no reino animal, no qual estamos incluídos, mas insistimos em nos excluir, os indivíduos tentam, de todas as maneiras evoluir e serem melhor que os outros, tudo em busca daquilo que está na essência de todo ser vivo: perpetuar-se. talvez... talvez seja isso. eu compro uma calça da gang, arrebito a bunda, e assim, lapada na rachada. competição por reprodução, oras. além dessa, é possível observarmos também a competição por ideologias. ou tentativa de conquista de uma. é, porque, ser vazio e gostar de beyoncé é muito fácil. difícil é ser patriota todos os dias.

- anti-social? claro que não! eu só não quero ficar assim, demente. sabe, eu quero agradar a todos, mas sendo assim, como sou e pronto. é, eu sei que assim, não agrado ninguém. mas se eu não consigo fazer o quê? fazer como a maioria e me permutar e ser ridícula e pisar em cima de todos pra ser melhor e tentar a qualquer custo melhorar somente o meu lado físico e construir relações superficiais e baseadas em interesses profissionais? eu hein... prefiro ser a antipática, narcisista que acha que sabe tudo e não sabe nada, que critica tudo e todos toda hora e não precisa de hipocrisia pra sobreviver.

sábado, 29 de julho de 2006

aquelas pessoas que me completam; que me dão aquela sensação agoniante de nostalgia.
que me fazem rir à toa. e sorrir. e ficar pensativa também.
saudade dos velhos tempos, de quando a gente podia correr e gritar e se matar e tudo mais sem que ninguém pensasse que éramos doidos. porque éramos crianças. e crianças são doidas. e ninguém liga pra isso. ^^

quinta-feira, 27 de julho de 2006

"só sei que nada sei", ele disse uma vez.

não sei mais.

não penso em nada. só sinto. sinto, mas sei lá o quê.
não falo, porque não sei o que falar. não faço. não faço nada porque penso demais.
às vezes por tanto querer enganar e disfarçar, acabo não me reconhecendo em mim mesma.
às vezes me engano.
"deixa rolar", e disse. tô deixando. tô?
gosto disso. é melhor. tem mais sabor.
não gosto disso. sou racional demais. cedo ou tarde vou pensar, criar, fazer besteiras.

mas já disse: não sei.

não sei, não sei, não sei de nada! não consigo pensar em nada de tanto pensar em tudo.
sinto. sinto muito, sinto tanto e de vez em quando, des-sinto.

domingo, 28 de maio de 2006

i'm becoming mad...

uóóóóóóó-ô-ô-ôôôôôô!!
eu tento parecer forte, mas eu não sou não.

eu tô chorando também agora.

desculpa não saber o que te dizer. é porque além de fraca a minha mente é limitada.

eu não consigo dizer "sinto muito".

eu tento te descontrair porque nem eu mesma consigo isso comigo mesma. entende?

eu lembrei... também lembrei de bons momentos agora. e chorei. choro ainda.

só não quis te dizer isso, preferi ficar calada pra não piorar.

posso desabafar agora.

olha, te amo. brigada nada, já disse, tô fazendo a minha parte.

pro que precisares, tô aqui.

te amo rapá. tu, e aquele que tá lá em cima me olhando.

É o rodo cotidiano

00:32 - Escrevendo no blog
- Porra, já num falei pra ti ir dormir? Sai desse computador senão eu arranco a tomada! Porra.
- Já vou, deixa só eu terminar de escrever esse post aqui e...
- Amanhã. Vai dormir.

00:33 - Arrumando a cama pra dormir
Logo agora que eu tava inspirada! Já até sei que eu não vou conseguir dormir.

2:00 - Deitada de bruços na cama
Como era mesmo aquela música? Por amor, a um dia que jamás, volverá... Não, essa eu já cantei! Soy loco por ti América... Não. Hunpf.

3:30 - De barriga pra cima na cama
ARGHH! Lençol maldito! Se me cubro, fico com calor, se me descubro fico com frio! Se não cubro só as pernas, vou ficar com a maldita impressão que vão puxar meus pés. o.o""

5:00 - Com os braços entre as pernas, as pernas na cabeça e a cabeça no ombro esquerdo
Já?? Não dormi nada! Ainda tenho meia hora... meia hora!

5:15 - Com o travesseiro na cara, as mãos na cabeça e a cara amassada
Um notebook!? Ganhei um notebook!?? ÉÉÉgua, muito firme e... Ahn!? Porra, outro sonho!? Pelos menos ainda tenho 15 minutos!

5:23 - De conchinha com o travesseiro
Téc, téc, téc. Levanta menina, tá na hora!!
¬¬"""""

5:30 - De concinha com o lençol, travesseiro nos olhos, mãos quase tocando no chão
- Lu, levanta, cinco e meia.
NÃÃÃÃOOO!! Não desliga o venti... ¬¬""" Mosquitos malditos! Só podem ser bichos do demônio! E essa luz! É a luz do inferno! Desliga essa lâmpada!! Como é que pode? Tudo isso... É um inferno! Mal eu acordei, tirei meu descanso restaurador, divino, e tenho que encarar essa batalha! Levantar cedo, NÃÃÃO... Isso não é pra mim, são pros fortes! Deixem-me! Deixem-me perecer no calor confortável de minha cama ao lado de meu companheiro aconchegante, que mais parece uma nuvem de tão branco. Pareço nos Céus, quase posso vê-Lo...
- Levanta agora, merda!

5:35 - Na cozinha
Pão, requeijão, queijo, presunto. Isso seria gostoso se o sol já tivesse nascido. Microondas. Acho que eu sou o único ser humano da face da Terra que esquenta o pão no microondas.

5:40 - Olhando pra Akira
Engraçado esse cachorro. Cachorros gostam de ossos, gatos e essas coisas. Não de pão. Na verdade cachorros gostam de qualquer coisa. O Akira... Olha como ele é lindo! Cute, cute da mamãe, oti, fdjasnjnj, nhóóóónnn! Parece mais um gato do que um cão. Olha como ele se esfrega todo na gente! Tamanho rotweiller desse... Ai, ai. Toma, vai cumê, vai!

5:53 - Quase lá no maledêto banheiro
- Lu, ponpon taitai!
- AGORA??
- É.
- Mas eu tenho que tomar banho!
- Toma no outro!
- !!! Vai logo, eu espero!

5:54 - Sentada de frente pro espelho, encarando a cara amarrotada e inchada e... espinha safada!
Deixa eu ver... Hoje tem Geografia, História e Biologia. Créédo. Tenho que levar essas fichas... Mp3... Sombrinha... Nossa, como eu odeio sombrinha! A gente fica tão ridículo com sombrinha. Mas até que tá me servindo essa aqui. Angus? Não, depois eu leio. Não vou ter tempo mesmo. Piranha roubada da Neiva... Dinheiro... Cadê? Cadê o dez reais? Porra, dez paus assim??? Ah tá no bolso da calça de ontem. Tá aqui. Hum... Meia passagem. E o que eu vou usá? Meu relógio inseparável, a pulseira que eu ganhei da Hatyna, a pulseira que eu ganhei da minha irmã, o anel que... Cadê o anel do Xandy?? Deus! Onde eu coloquei? Eu não tiro pra nada! Só pra tomar banho e... Ah, tá no bolso do short de ontem. Essas argolinhas mesmo, já tão aqui.

6:03 - Tomando banho
Aleluia, acabou! Ainda vou lavar meu cabelo! Aliás, esse xampu é uma merda! Acabou com as pontas do meu cabelo. Porra, tá parecendo uma farofa. Tira o frizz... Sei, esse papo. Num caio mais não! Hidrata e amacia seus cabelos... Num sei onde. Lavar as orelhas e o pescoço também! Muito importante! Lavar a nuca! Já pensou, as meninas, levantam meu cabelo pra ver se eu tirei o riscado de caneta de sexta e ele ainda tá lá!? Lá, lá, lá... Epa! Que roxo é... Amanda safada! Vai ver só, ficou roxo aquele beliscão. Vai levá muito soco hoje. Vaca.

6:16 - Na frente do lixeiro, tirando aquela imundície do pente
Passar creme, pentear cabelo... Como cai cabelo! Credo, que nojo! Argh, fios de cabelo. Como são bizarros.

6:23 - Fechando o portão
Finalmente. Acordei. Lá vem o ônibus!

6:25 - No bonde
Égua, é foda. Como cinco malditos minutos fazem a diferença! Se eu fosse a primeira a entrar nessa merda eu tava sentada agora! Pronto! E como se não bastasse ninguém pega a minha mochila! Quanra hostilidade e... CRÉÉÉÉÉDOOO! PUTA A MERDA. Que coisa mais bizarra. Ela tá sentada no colo dele! E tá beijando! E... coçando o nariz!? Que coçada feia, hein? Aliás, que casal horroroso. Tá, eu sei que eu não sou o supra sum da beleza, mas PORRA...

6:45 - Na frente do Mangueirão
Engraçado como essas pessoas... Essas pessoas tem uma cara de cu. Huahsuahushauhsa... Que vontade de rir. Cara de cu, aquela cara horrível, entendiante e entediada, hostil, com a boca imóvel e os olhos levemente caídos e fixos num ponto. Eu não tenho cara de cu não. Eu não. Cara de bunda sim. E com orgulho. Cara de bunda, aquela cara meiga, meio séria, mas lisinha, sem rugas. Com um rascunho de sorriso maroto nos lábios e os olhos meio apertados. Legítima cara de bunda recém-acordada em um ônibus lotado procurando detalhes sórdidos do cotidiano. A minha cara de bunda, bundamente falando.

6:57 - Na Tavares Bastos
Olha o cachorro correndo atrás da mulher! Cá, cá, cá, cá!! Hsuahsuaushauhsuahsa! Meu deus, shaushuahsuahsuaahsuahsa! Olha, que lindinho! Olha o outro fazendo cocô! Olha o outro dormindo... Olháááá... Eu queroo!

7:02 - Na frente do Bosque... Ops! Jardim Botânico Rodrigues Alves. Quanta redundância.
Pontada na cabeça. Pontada na cabeça do lado direito. Em direção ao Oeste. É lá! Lá que eles estão! Sétimo e seu covil de vampiros... Não. Que nada. Só uma dor de cabeça mesmo.

7:11 - Na José Malcher
Cheguei! Na parada. Agora, só três quarteirõezinhos pra chegar no colegio. ^^ Andando devagar, lentamente... Será que eu ando isso em 19 minutos? Tomara que em mais... Vou andar lentamente... Lentamente...

7:20 - Na Magalhães
Muito bom! Nove minutos em um único quarteirão. Se eu continuar assim, eu chego lá bem tarde e não preciso ver aqueles imbecis.

7:23 - Em frente ao prédio em construção
Égua, mas é um saco andar devagar! Comé que esse povo agüenta!? Eu tô aqui, puta da vida, controlando meus passos pra não sair correndo e os outros aí.. Andando mais devagar ainda! Como Jesus!? Dizei-me!

7:35 - Encarando a portaria do Universo
Agora sim. Finalmente. A tortura começou.
sabe aquele programa novo so sbt? o tal de "Ídolos"? mas rapá... vocês precisam ver. mas cada coisa que tem nesse Brasil!

Uma menina gordinha, com aparelho nos dentes certamente rosa, um colan rosa bebê, uma saia rosa-choque, meias três quartos rosadas, anéis e pulseiras rosas com pompons, cabelos amarrados com maria-chiquinha, com as mechas presas juntamente com cabelos, loiros, roubados de boneca. Assim era Tidinha, a garota que queria ser ídolo no Brasil. Seu maior sonho era ter um programa infantil. Sua voz, não se sabe ao certo se natural ou fingida, uma mistura de Xuxa e Kelly Key aos três anos de idade.

- Número 51561!

Era ela... Era sua vez. Tidinha ia cantar para quatro jurados, em rede nacional e ser aprovada ou não para a próxima fase. Ai meu Deus, será?

- O quê tu vai cantá, florzinha?

- Ilari, ilari, ilari-ê, ô, ô, ô! Ilari, ilari, ilari-ê, ô, ô, ô! Ilari, ilari, ilari-ê, ô, ô, ô! É a turma da Xuxa, sei lá o quê num sei o quê mais, amor!

Os quatro jurados permaneceram calados, com os olhares fixos na pseudo-Xuxa e os braços cruzados.

- Posso cantá otra? Vô cantá? Posso...? Er... Vem aqui! Que agora eu tô mandando, vem meu cachorrinho, a sua dona tá chamando!

(...)

- Posso can...

- Tu sabe aquela... Lua de Cristal? - pergunta a jurada animada.

- Tudo que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar, me dar toda coragem que puder...

- Tá bom, tá bom, já chega. - interrompe a animadinha do grupo. - Olha, tu é tão bizarra, mas tão bizarra...

- BRIGADA! - interrompe a garotinha emocionada - Brigada, brigada, muito...

- MAS TÃO BIZARRA, que eu vô te dá um sim. - re-interrompe a fã da Xuxa.

- Tu é bizarra, mas tu vai levá um não. - diz outro jurado.

- O meu também é não.

- NÃO!

Tidinha, vai embora. Coitadinha.

E tem também a história da garota que cantava no banheiro. Aquela de blusa costa nua, short no meio da bunda e meia rastafári. Mas deixa pra lá. Já basta.

A princípio, isso tudo é engraçado. Engraçadíssimo. Hilário. Deve dá uma audiência safada nos domingos à tarde. Mas é engraçado pra nós. Na verdade isso é humilhante. O pior tipo de postura que se pode mostrar em um canal aberto. Afinal, a maioria massacrante, querendo ou não, é influenciada por certos comportamentos mostrados na tevê.

- Bom dia, chefe.

- Bom dia Armindo. Vá ao meu escritório daqui a cinco minutos, precisamos discutir sobre a contabilidade e...

- Nossa, que gravata ridícula! Eu nunca lhe disse isso? É a pior gravata que o senhor tem, pior do que todas aquelas horrorosas lá!

- Mas... Foi a minha mãe que me deu!

- Pois então mande ela comprar uns óculos, porque, rosa-choque com bolinhas amarelas... Sinceramente!

- Er... Ora! Que impertinente! Você está despedido!

- Eu? Mas... Eu só quis ser sincero como um bom amigo deve ser! Olhe, se o senhor quiser, eu lhe dou umas gravatas minhas, velhinhas, mas bonitas, sofistica...

- Cale-se! Daqui a cinco minutos na minha sala para acertarmos os papéis da demissão!

Não parece ser um bom negócio.
Acho que o que faltam são palavras. É tão bom fazer uma crítica construtiva. Só que precisamos saber fazê-la.

professor tem mais é que dar aula e pronto!

eu não estudo em um colégio. eu sou apenas um produto fabricado pelo Universo. mais um que vai passar em medicina na federal e ter seu rosto estampado nos outdoors.

já não gosto da metodologia, limitada, que prega aprender o básico do básico para passarmos na ufpa e sermos medíocres a vida inteira, através de exercícios e testes avaliativos ridículos. não gosto das pessoas, idiotas como qualquer outras, mas incrivelmente concentradas lá. pessoas falsas, superficiais, burras, frívolas e mal-educadas. não gosto do diretor pedagógico, autoritário e incapaz de enxegar a sujeira do próprio umbigo, que não concorda com ninguém, não tolera nada e suspende todo mundo. não gosto da maneira abusiva que usam a nossa imagem para alimentar o slogan de "recorde de aprovados da federal". e não gosto de, quase, todos os professores.

eu tenho um professor de biologia e o nome dele é marcos e ele acha que ele é foda. mas ele num é não. mamãe que disse.

aula de biologia. égua, mas que saco, já não aguento mais ecologia, plantas e bichos, já deu. o professor chegou. bora, homem-mosca, pára de enrolar e dá logo a tua aula, já estás aqui mesmo. num tem tu, vem tu mermo.

- Pessoal, quem foi que viu "Falcão" ontem no Fantástico?

como assim? quem viu fantástico, falcão, faustão? e daí? mas... e os bichinhos... o pássaro-palito, a gazela-girafa e o louva-deus?

- Poisé gente... Pra vocês verem como tá a situação. É por isso que vocês não podem financiar o tráfico, o definhamento daquelas pobres crianças! (...) Vocês, que às vezes, sem querer, compram as "balas" nas raves, nessas festas eletrônicas. Aquele tuntz-tuntz-tuntz que eu nem chamo de música, chamo de barulho. (...)

é, tá pegando mesmo. o brasil tem uma répública de merda, uma constituição fajuta, dinheiro na cueca e uma cpi de hipócritas. mas... e daí? a biologia é o estudo da interação dos seres entre si e o meio. não é mesmo? ah sim, o tuntz-tuntz eu chamo de música. é, música, uma seqüência de sons emitidos, seguindo técnicas de ritmo, harmonia e melodia que não precisa agradar a todos. até hoje eu não vejo graça em óperas e nunca sofri um atentado de morte.

- (...) Eu não suporto cariocas! Morei a minha vida inteira em uma vila militar onde havia cariocas, paulistas e gaúchos! Todos eles só sabem falar mal de Belém. Falam mal de tudo, das pessoas, da música, da cidade inteira! (...)

bom, já que não vai ter mais aula, vamos falar do que interessa, não é? cultura paraense. ah, eu também adoro, apesar de não conhecer profundamente, tenho orgulho até daquilo que não sei. eu estudei em um colégio militar, onde haviam pessoas das mais variadas etnias e de todos os lugares possíveis que se possa imaginar. essa experiênica só fez com que eu acabasse de vez com todos os tipos de preconceitos existentes. sejam eles de sexo, cor, físico, religião, opinião, comportamento.

- Eu não escuto funk. Prefiro escutar Calypso. Prefiro escutar a minha merda do que escutar a merda dos outros! (...)

isso é algo relativo. escutar ou não escutar, eis a questão. de uma maneira ou de outra, tu acabas escutando. bom, claro que eu não financio esse tipo de coisas, comprando cds, indo a shows, etc. mas nem por isso deixo de soltar um "piririm piririm piririm, alguém ligou pra mim" de vez em quando. o brega é nosso, é bom e é bonito. não admito que critiquem esse ritmo tão firme que saiu daqui, cara. como já disse em outro post, ambos são movimentos artísticos marginais. ninguém foi lá e ensinou aos favelados como produzir boa música ou como parir uma boa poesia. eles são marginais e sabem fazer arte. é muito fácil criticar aqueles que não têm o mesmo aparato acadêmico que tu tens. e se é escutado, é porque é bom, porque agita. ninguém disse que era coisa fina, inteligente.

- (...) Nem os paraenses se valorizam! Sabe aquela menina do BBB? Aquela paraense? Não interessa se ela dançou na boate do Caveira, o que importa é que ela é paraense e a gente tem que apoiá-la!

temos? começando pelo fato de que, "bbb" já não é programa que se preze, com uma única representante da região norte, aparentemente psicóloga, que precisa que outros habitantes da casa usem psicologia com ela própria, louca, dissimulada, que pede esmola pra mendigos? fala sério. não é por ser paraense que o público tem que escolhê-la. e sim por sua simpatia, bondade, bestice, blá, blá, blá ou capacidade de enganar a todos. aprenda, mortal idiota.

(Aplausos)

não acredito! arghh, que nojo dessa sala. estão aplaudindo o professor!? só porque ele é esquerdista (in)fundamentado? ah, me poupe.

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e hoje, o professor de química que sempre tem que fazer um discurso na sala falou de deus. porque Deus é onipresente e onipotente, e a bíblia blá, blá, blá, e Deus opera dessa forma, e vocês são responsáveis por seus próprios atos, Ele já fez o principal, cabe a vocês desenvolverem, bló, bló, bló.

não sou católica. não acredito em "d"eus. por favor. não diga que ele já me criou. quem me criou foi a mamãe e eu sou muito grata a ela por isso. e eu vim aqui para aprender química, não os dez mandamentos. não me interessa saber se tu acreditas nele ou não, se ele tem forma humana, ou está em todas as coisas. ele é obra da tua imaginação. ele não permitiu que os homens criassem a ciência para estudarem o inexplicável. a ciência foi criada pelo homem e o homem criou deus. afinal é sempre o mito que acaba por resolver as nossas indagações, é a maneira mais prática. ele não opera nada, ele não existe. ele não comanda, quem comanda é a racionalidade, entendeu? nunca mais fale dele pra gente, porque nem todos nós acreditamos na tua crença. agora me explica essa questão, que eu não entendi.

dança do ventre, é!?




ela pediu, vô falar.
num cala a boca, num sabe mechê na tal da intertnética.
num sabe nem postá. vai vê que num sabe escrevê.
só me dá idéias absurdas, imagina, falar dela no meu post. tem gente que num pode ganhar nada novo, um mp3 player, ou qualquer outra porcaria que fica se achando.
ai, ai.
boboléti.
nem deixa eu dá abraço nela. num gosta das minhas músicas. nem de beijinho no braço.
me chama de caboca e me faz ficá esperando quinze minutos pra trazer mais peso pra casa.
abuso.
num gosta do meu cachorro, mas tem cara de um.
boboca.
E teve também a vez em que eu tive que fazer um trabalho na casa da Dayane. Eu e a Layla, na quinta série. A gente iria lá pra almoçar e depois faria o trabalho.
Ela morava em um prédio enorme, bonito e em um apartamento amplo que tinha umas três salas, quatro suítes, cozinha, e tudo mais. A família dela era bem grande, e o almoço, farto.
No dia que a gente foi tinha lasanha, e um prato não identificado que até hoje não esqueço. Eram uns cubinhos de queijo, presunto e batata, cobertos por um molho branco também. Meu Deus, um absurdo de comida. Tão bom que parecia que nem existia.
E à tarde, o lanche: pães de queijo. Aqueles pães de queijo enormes, do tamanho da palma da minha mão, que não é nenhum um pouco pequena, fumegantes.
Menina de sorte aquela.

Gosto de lembrança

O que une os homens é sua apetite em comum, disse uma vez Veríssimo. Grande LFV.

Nunca gostei muito de doce. Sempre gostei mais de coisas salgadas, cheias de massa, e queijo, e essas coisas. Mas tem coisas independem de gostos, preferências, vontades, sexo, grau de intelectualidade, visão política, time de futebol e religião.

Lembro-me dessa cena como se fosse ontem: casa da vovó Olinda, lá pelos meus seis anos. Era uma casa muito aconchegante, típica de avós. Aliás, a minha avó é uma típica avó. Que gosta de novela, de tricotar e que, acima de todas as coisas, cozinha que é uma beleza. Não lembro bem o que estávamos comemorando, talvez o aniversário do, agora falecido, vô Osmar, que me faz uma falta que vocês nem sabem o quanto. A única coisa que me lembro era o bolo que estava em cima da mesa da sala, coberto por aquelas peneirinhas de plástico. Não era nenhum bolo elaboradíssimo, feito com contribuições de grandes chefes, mas sempre foi o bolo que eu mais gostei e que sempre lembro com carinho. A massa era fofa, amarela, e nunca soube ao certo do que era. Não era de leite, tinha alguma coisa a mais. Lembrava laranja. Sempre gostei muito de laranja. Por cima, havia uma cobertura de chocolate. Mas era a cobertura. A cobertura da vovó. Ainda enfeitado com os granulados de chocolate e cerejas. Nunca mais comi esse bolo, e acho que nunca mais vou comer, porque depois que a vovó veio morar com a gente, só tem feito bolos de caixa.

Um outro bolo, um dos últimos, que não foi comprado no supermercado em caixinha, que a vovó fez quando veio pra ca, também não sei do que era. Aliás, essas coisas gostosas a gente nunca sabe do que que é. O bolo era lindo. A massa era ainda muito mais macia e também tinha um gosto de sei lá o que. Mas não lembrava laranja. A vovó tinha feito um creme, também não sei do quê, muito bom. Ela recheou o bolo, cobriu e ainda fez um bolinho menor, pra ficarem dois andares. Decorou tudo com coco ralado e cerejas. Era um bolo gelado. Explêndido. Só não ficou muito bonito depois que eu caí com o bolo inteiro nas mãos, mas acho que era gostoso do mesmo jeito.

Também tenho uma outra lembrança de bolo. Essa é bem recente. Perto do colégio tem uma doceria, muito, muito boa. Ela é pequena, bonita e lá só tem coisa gostosa. A doceria do Tio Océlio. Lá tem um bolo de chocolate enorme, que parece que foi afogado em cobertura de chocolate. É, ele fica lá, nadando, em meio à cobertura. Mas a melhor parte é o granulado e aquelas bolinhas de chocolate que ficam em cima. Pai do céu.

Quando eu tinha uns nove anos, costumava ir à padaria da esquina comprar coxinhas de frango. Sempre gostei de coxinha de frango. Um dia, fui com a minha irmã e nós resolvemos comprar quatro, duas pra mim e duas pra ela. Eram bem grandes e estávamos na época que o lanche era cinquenta centavos e com mais cinquentinha dava pra levar Coca-cola em um saquinho plástico com um canudinho. Compramos e viemos comendo. Meu Deus, eu nunca mais comi coisa igual. A padaria já tinha sido melhor, tinha até sorteio de bicicleta, mas agora estava entrando em decadência. Mas aquela coxinha de frango... Era digna de um Cheff italiano. Tinha uma massa muito boa, mas não era muita. O recheio era uma coisa de louco. O frango queria sair, quase explodindo na massa, bem quente. E não era aquele recheio seco, a massa tampouco. Tinha um tempero especial. Só de pensar... No outro dia voltei lá e comprei mais algumas, mas não eram iguais. Eram aquelas coxinhas sem graça de sempre, com mais massa que recheio, e um recheio que nem era tão bom. Aquelas quatro coxinhas que tínhamos comido no dia anterior eram abençoadas. Únicas. Nunca mais comprei coxinhas naquela padaria. Comecei a comprar pastéis e uns pãezinhos que vinham com um molho de maionese, presunto e mais algumas coisas que eles chamavam de pão-salada. Mas nada se comparava.

Depois começou a época os sorvetes. Tinha que tomar sorvete todo dia. Íamos eu e a Layla. Tinha uma sorveteria há duas quadras de casa, que também não era lá essas coisas e o sorvete nem era muito bom. A Sorveteria Real. O dono era um velhinho, que eu nunca entendia o que falava. Sempre pedíamos o cascão de duas bolas, de chocolate, com calda de chocolate, granulado e aqueles canudinhos de wafer. Só que um dia chegamos lá e não tinha de chocolate. Tivemos que pedir outro sabor. "Brigadeiro!" Não tinha também. Então, "Vê um de morango aí", cascão de duas bolas com calda de morango, granulado e o canudinho de wafer. Era o jeito. Tínhamos que tomar sorvete, afinal. Pois aquele sorvete... Sorvete de morango e com pedaços de morango. O melhor sorvete de morango que já tomei. Voltamos no mesmo dia e compramos mais dois. No outro dia, já não era mais o mesmo sorvete. Tinha acabado.

Há uns poucos anos, dois ou três acho, abriu uma outra sorveteria aqui perto. A Colméia. Na verdade, é uma doceria, mas até hoje só entrei lá pra comprar sorvetes. E uma vez uma coxinha de frango que nem era tão boa. A primeira vez que eu entrei lá, me espantei com o preço, levando em consideração o tamaninho do sorvete. Mas pedi com firmesa "'Chocolate!". Não tinha. Meu fim. "Temos de flocos nevado". Mas que diabos era aquilo? Flocos nevado? Esse pessoal inventa tanta coisa... Sorvete de chocolate com pedaços de chocate brando. Pedi. E não me arrependi. Sonhei com o sorvete. E no outro dia fui lá, comprar outro. Não tinha mais. Nem no outro dia, nem no outro, nem no outro. Não tive mais notícias do flôflô, meu apelido carinhoso para uma das minhas mais doces lembranças.
como era mesmo a palavra? er... er... CONFIANÇA! essa mesma! essa é a palavra.
que vontade de falar.
que vontade de gritar.
que vontade de escrevêêê.

que vontade de cantar.
que vontade de dançar.
que vontade de te vêêê.

tchú-tchú-tchú-tchú.

these problems in head. ¨¨

yeah, it's true i write only when there's something annoying me.
and this, of today, i think, is the responsible of all my problems and these confusing thoughts in head.
ok, drama again.
but it is confusing. it is annoying. and i can't tell anyone. cause i'm ashamed about that. because they think it's not usual of me, and, in fact it's almos repeatedly.
i have to say, my heart is claiming. but i won't because, sanity haven't filled my mind. it's almost there.
oh, how i'd like to say!
but i won't. i won't.
shit.
none can help me. mom, dad, sister, friends or mates.
the only thing i have to do is wait. wait for the racionality in my head again.


[it's not for understanding. even me can't understand it.]
ela tá tão distante, né?
ano passado foi um ano de glórias pra mim, graças a ela.
não digo que a nossa amizade vai acabar, mas poxa. a gente tá se distanciando cada vez mais.
eu sei que não é porque ela quer. pelo menos eu espero.
porque ela é uma grande amiga, mas parece que ela não percebe o quanto ela pode ser influenciada. e eu não digo isso partindo da premissa de que meninos com a pinta perto da boca são bonitos aos seus olhos e depois não são mais.
eu digo isso porque eu tô vendo, porque ela tá estranha, e não é só comigo, é com todo mundo.
e eu não sou dramática, e se sou não sou sozinha, porque os outros também vão concordar comigo.
ela não devia mudar. mudanças são boas eu sei, mas só quando acontecem durante a nossa lucidez. e não é isso que tá parecendo.
eu nunca vou deixar de ser tua amiga. nem daqui a 50 bilhões de anos, nem nunca.
mas a amizade muda. e fica à deriva, às vezes.

Querido diário,

Eu sempre me iludo com essa falsa complexidade da vida. É engraçado como a gente pensa errado. Sente errado. Acha que pensa, acha que sente. Sente e depois des-sente.
Mas de uma coisa eu tenho certeza. Essa dose de alegria que eu tomei hoje surtiu efeito, porque eu tô feliz.
Pessoas relevantes sempre são relevantes. E sempre te fazem sorrir. Apesar dos pesares.
Eu ainda tenho muitos problemas, alguns dos quais eu prefiro esquecer. Enfrentar não, porque eu sou frouxa pra certos assuntos e é melhor ignorar do que estragar. (não entenderam? ainda bem...)
Putz, mas depois de dias como hoje, não tem como se dizer que se é triste. NÃO TEM.
As pessoas certas, na hora certa, fazendo o certo que é não fazer nada. Fora algumas bizarrices da minha parte, mas isso também é normal em estados de felicidade.
Mas... Que dia.
Que dia.

e nesse grande oceano de merda...

quando a gente pensa que tá melhorando, tá é piorando.

quando a gente pensa que tá tudo bem,

tá tudo errado nessa joça de vida.

porquê?

ora, não me pergunte, eu também gostaria de saber.

vão embora não, fiquem aqui, poxa.

sabe aquelas pessoas? aquelas... aquelas pessoas que são pá-pum. rapidola. já é ou já era? poisé.
eu sempre tenho a sorte de encontrá-las. mas sempre tenho o azar de perdê-las. parece que, esse tipo de gente não merece participar da nossa vidinha medíocre. eles têm mais o que fazer, têm que ir embora e já pra não sujar os sapatos.
eu adoro pessoas engraçadas, de bom-humor, apesar de não sê-la. sarcasmo é a lei, ironia rege a vida. os inteligentes e esclarecidos comandam. pessoas assim são magicamente superiores à nós.
às vezes elas passam pela nossa vida, assim só pra nos deixar desesperados depois. é, porque elas vêm e vão rapidinho. e nós, nós nos fud***. não querendo desmerecê-las, não, de modo algum. mas... convenhamos que elas têm outras coisas a fazer ao invés de ficar aqui, bajulando novos conhecidos.
elas me fascinam. e me entristecem. cada nova amizade, de minha parte ao menos, é uma futura despedida. porque pessoas relevantes insistem em dar uma passadela na nossa vida e dizer: "até algum dia". esse "até algum dia" me mata.
- não vão, fiquem, eu cuido de vocês. vamos nos isolar do mundo e ter momentos bons pra sempre. e duvidar de deus e cantar músicas e fazer barulhinhos engraçados com a boca.
- não, mortal, cale-se e vá viver sua vida.
- então tá, até algum dia. quem sabe possamos repetir tudo de novo, hein!?



[can't repeat]

é, a menina que se apega fácil, fácil

e o ano já começou. e eu ainda tô nessa de ficar falando no ano que começou...
tá tudo tão diferente. a minha vida parece estar tomando um rumo completamente diferente e, como em todo início de ano, eu me sinto mais esclarecida à respeito do ambiente (social) que me cerca.
tá tudo tão conturbado e ao mesmo tempo tão vazio. ilógico. de fato, parece que os pássaros não cantam na minha árvore mais. tá tudo distante. sem graça. eu sinto uma incessante agonia.
eu choro, eu me lamento, eu me arrepio. eu me sinto tão estranha. parece que não sou... eu. um filme passa diante dos meus olhos e eu não posso interferir nas cenas.
puta que pariu.
drama? quem pediu? ninguém, mas é inevitável. sou eu. e eu nunca me senti mais eu como agora. um peso saiu das minhas costas e eu finalmente dou um passo à frente ao invés de três para trás.
mas ainda sou eu, confusa. que confude sentimento pra caramba. que não sabe de nada e acha que sabe tudo. que escuta músicas pra lembrar de bons momentos e simula conversas idiotas para suprir uma alegria disfarçada.
cadê a gilete? quero cortar meus pulsos.

E aí, o que que tu achas?

O português brasileiro é uma língua belíssima. Cheio de regras e exceções e confusões e tudo mais.
E o pronome que eu mais gosto, sabes qual é? "Tu". Que coisa linda! "Tu". "Tu" é perfeito. Aqui em Belém as pessoas não falam "você", falam "tu". Então porquê será que ainda tem gente que insiste no "você", em pleno sol belenense?
"Você sabe se aqui passa esse ônibus?". Não, paulistada desgraçada.
Ou ainda os moreninhos loirinhos que fazem psiu, se aproximam e dizem:
"Você é muito linda. Me dá um autógrafo?". Não, quer uma cuspida?
Agora se a gente chega e diz:
"Tu sabes me dizer onde fica esse endereço?"; "Menina, me respeita!"; "Você sabe..."; "Agora sim..."
Como é que a gente fala? Vai tomar no seu cu? Ou vai tomar no teu cu?
Égua, "tu" é lindo, é romântico, é culto. "Você" parece menina querendo falar bonito, é chulo, sem graça.
"Tu és...". Putz. Só falando isso a namorada já tá escorrida no chão.
Parem de usar "você"!! Seus pobres de espírito, sugadores da cultura sulista, por sua vez sugadora da norte-americana, arghh...
Eu falo "tu". E VOCÊ?

infinito enquanto dure




sabe, outro dia eu tava pensando... pensei muito em uma pessoa, que por muito tempo eu tive vergonha. é, eu tentava fingir que ela não existia, mas ela sempre tava ali, me perseguindo. hoje em dia, eu a amo com todas as minhas forças. amo as qualidades e mais ainda os defeitos que eu sei que ela não vai melhorar nunca e por isso mesmo que eu a admiro. por ser como é.
ela é muito egocêntrica. às vezes nem demonstra, mas tá lá pensando, porque que o ônibus ainda não chegou, se ela já tá ali. entende as pessoas como ninguém. pega as coisas no ar, mas não fala nada. sabe porque ele não veio, porque ele deu aquela desculpa furada, mas prefere ficar calada e guardar suas previsões. mesmo não conhecendo, conhece. porque acha que já passou por todas as situações possíveis, e de repente, é isso mesmo.
mente. nunca foi psicopata, apesar de ter espírito de um. mas sempre contou pequenas mentiras que ninguém duvida. ninguém. omite que é uma beleza. se quiser, se mata por dentro de tristeza, mas vive as gargalhadas por fora.
medrosa que só vendo. medo de escuro, de altura, de bicho-papão, de morrer só, de ficar pra titia. mas prefere mostrar que é forte. e fria.
sentimental aos montes, mas ninguém acredita. quando triste, chora que nem criança quando o pirulito é roubado.
é também muito independente. em qualquer sentido. não tem homem, não quer saber. não tem amiga, tá cagando e andando. tá mal na escola, vai no cinema.
ela adora a ironia. jesus, e como! muito cuidado com o que ela diz, porque às vezes pode ter mais significado do que você pensa. satirismo é a sua lei.
sedentária pra caramba. já disse pra ela que a qualquer dia vai morrer de infarto. sabe o que ela diz? que vai morrer feliz. affff. ¬¬
usa roupas e quase tudo descombinando. ela acha que já passou muito tempo tentando agradar aos olhos alheios e agora não tá nem aí. mistura e mistura até que ninguém gosta, só ela.
não se esforça nada. mas quer conquistar o mundo. adora o reconhecimento.
é tímida quando não deve ser e esparrenta quando também não deve. não levanta a mão e guarda a resposta da questão 5 só pra si. mas grita e esperneia com a amiga que atrasa.
se estressa muito fácil. com fila, com ônibus, com professor, com patetas, com lerdos, com hostilidade, com ignorância, com posers.
ama cachorro. cachorrinho, cachorrão, de rua, de madame, de pelúcia, de tudo. só não pseudo-cachorros.
gosta desgostando. atura todo e qualquer idiota. se apega e desapega. fácil, fácil.
ama incondicionalmente aqueles que merecem.
adora uma conversa. fala que é uma beleza. e só uma pessoa consegue entendê-la como eu. só eu e mais ninguém.
expressa-se. não fica um minuto sem dar a sua opinião de tudo. deixa de ser objetiva e clara e torna-se crítica e rígida.
não é perfeita e não gostaria de sê-la.
essa pessoa é a mais importante da minha vida, sem ela eu não vivo.
a amo infinitamente, apaixonadamente e arrebatadoramente.
eu amo... a mim. nossa, e como.

sô pivô agora. ponham seus namorados pra dentro de casa! a avassaladora vai passar!

eu tenho cara de destruidora de relações amorosas??

¬¬

olha aqui, eu sou uma pessoa super centrada, tá ligada jogadora? vou falar direito dessa vez.
eu não o quero, quero outro. tá bom assim? se tu não confia no teu taco o problema é teu.
eu sei que, ciúmes todos têm. mas... isso, eu chamo de doce. e dá licença que eu sou diabética.
não precisa deixar recadinhos sutis pra mim. eu odeio.
até imagino que tu não vá muito com a minha cara por razões óbvias. é, eu sei.
mas, deixa o meu amigo fora dessa, falô?
sabe o que é amar uma pessoa?
amar um namorado, amar a mãe, o pai, a irmã, o cachorro... e o amigo também?
poisé.
então não amola.

ano novo, vida nova!

aqui estou eu: escrevendo de novo; terminando meu inglês; pensando em ganhar dinheiro de uma forma difícil.
lendo; decidida sobre a minha carreira; querendo ser poliglota.
lavando louça sem reclamar; rindo com meus pais; fazendo cócegas na minha irmã.

e depois dizem que as pessoas não mudam.

adeus ano velho, feliz ano novo!

fim de ano.


argh, que saco.


toda vez é a mesma coisa. fazemos a comida, compramos pratos descartáveis porque eu não tô doida de começar o ano lavando louça, damos banho no cachorro, encomendamos salgadinhos e oferecemos a NOSSA casa. e vocês o que fazem!? NADA!
perdão parentes, mas é que eu não amo vocês. amo papai, mamãe, maninha, vovó olinda, akira, expedita, bachan, dichan, tio isamu, tia emília, meus quatro priminhos que eu não vejo há séculos sati, take, alcir e ademir e a suze e o betinho também que foram embora e nunca mais deram notícias.
mas vocês não. porquê? porque vocês nunca me lembraram que somos da mesma família. eu não consegui criar amor por vocês, por mais que tentasse. algum de vocês já me deu parabéns no dia do meu aniversário quando vieram comer aqui? ou sequer vieram falar comigo numa de suas muitas visitas à minha casa? então pronto, não discutam.
enfim, desviei um pouco. eles vem pra cá, comem e depois instala-se um silêncio atordoante. eu sempre me retiro porque é constrangedor. esse ano tivemos uma novidade: prole aumentou e o entretenimento da vez é assistir uma bebê dançar roberto carlos mechendo a bunda.
meia-noite. "feliz ano novo, tudo de bom!" vocês fazem idéia da quantidade de vezes que eu tenho que repetir isso sorrindo mais que a barbie??? como é cansativo...
meia noite e um. santa mamãe começa a arrumar a mesa na tentativa de enxotar os convidados, afinal, eles não saem de nossa casa desde ontem! "alguém ainda vai querer comer? eu vou arrumar a mesa!" - diz ela. aos poucos eles vão se disperçando, tomando seus rumos e nós podemos dormir em paz.
ano que vem tem mais. tô até vendo a bailarina...

em tempos de crise.

Logo no início pensei que ia ser tudo diferente, que eu acordaria em uma manhã chuvosa ouvindo melodias melódicas. Mas, nunca é como a gente imagina. Porque iria ser diferente dessa vez?

Gritos, ordens, cabelos, lágrimas.

Não aguento mais escrever desse jeito. Em forma de nada. Prosa, poesia que não rima nada. Que ninguém entende. Só eu.

Drama, suspense. Nunca foram meus gêneros favoritos. Mas são os que melhor definem a minha vida ultimamente. Ninguém sabe, ninguém viu.

Nunca em época de ócio me senti tão ociosa, embora não chegue a tanto.

Mas vivo a lembrar de melancolias. Argh, essas me atormentam, não me deixam dormir.

E ninguém entende. Só eu.

Estado depressivo. Repugnante. Inevitável.

entre lágrimas e fios

vai tomar no teu cu, caralho.
tu não é a minha mãe pra puxar a minha orelha.
eu não te obedeço, te faço favores.
e tu deverias saber muito bem disso.
não vem querer criticar os teus erros em mim.
eu pensei em te dar um chocolate pra adoçar o teu humor.
mas lembrei que eu não tenho sangue de barata pra isso.
não acaba com a minha felicidade ferisiana.
não levanto a mão pra ti porque não quero te machucar.
agora, não puxa o meu cabelo.
bagunçou todo.
embarassou os fios.
embassou meu olhar. com água.
não quero mais saber de latim ou de música.
nem se tu estás menstruada.
não me enxe, cacete.
pega essa água quente e joga no teu coração de manteiga.

"Não existe nada completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia."
Santo Paulo Coelho.

Imutável.



nada muda. é tudo igual, cara.
chuva é sempre molhada.
cheiro de terra chovida é sempre gostoso.
amigos são sempre bons.
férias são sempre bem vindas.
horários nunca são cumpridos.
roupas são sempre caras.
frio sempre dá vontade de fazer xixi.
fazer xixi é sempre orgásmico.
micos sempre são engraçados.
maguari sempre demora.
moreninhos loirinhos sempre fazem psiu.
mãe sempre briga.
ouvir angra é sempre relaxante.
textos meus nunca são entendidos perfeitamente.
sempre uma incógnita.

Imperfeição.

Eu não sou perfeita, merda.
Por que você insiste em dizer o que eu tenho que fazer?
Eu sei o que é preciso.
Eu sei que você quer me ajudar.
Mas assim você só me derruba.
Me destrói, me mata aos pouquinhos.
Porque eu não sou de ferro.
Eu sou gente, gente recheada mais de emoções do que de razões.
E você também é, entenda.
Eu não preciso tirar dez em física pra ser inteligente.
Nem varrer a casa pra ser uma boa filha.
Será que você não vê?
Que eu faço tudo pra te impressionar e, você, indiferente.
Eu nunca escutei um "parabéns".
E nem sequer um "que bom, continue assim"
Por que você não se orgulha de mim?
Eu me orgulhava de mim.
Mas agora...
Agora percebi que eu sou digna de um lixo.
Não é isso que você pensa?
Pois é o que parece.
As palavras sempre ferem mais.
E eu sempre tenho que sofrer a sua agressão.
Eu não sou o seu problema, caralho.
Ou sou!?
Você ainda me ama?
Pois eu não te amo mais.
Não nesse minuto.
Daqui a muitos minutos eu volte a te amar como antes.
Mas agora não.
Você nem sabe o quanto eu tô sofrendo né?
Basta olhar pro teclado, molhado.
Por que hostilidade em resposta à minha alegria?
Pois ela já não tá mais aqui.
Tá morta.

O Almoço

São duas da tarde e o almoço está posto.
A única coisa que me interessa está ali, fumegante, gritando por mim, sedenta de saliva e suco gástrico.
Duas e quinze.
Depois da primeira pratada de macarrão, a campainha toca.
É meu tio, bêbado crônico, que veio para almoçar conosco.
Senta-se à mesa, e escutamos as piadinhas usuais:
"Quero ver tu cumendo cum isso aí!" - diz ele para mim, referindo-se ao hashi sobre o macarrão.
"Não, nem sei usar direito" - digo eu, sem saco para mais explicações.
Volta-se para minha mãe, coitada, que tem que conversar sobre o sabor rústico do mocotó e gordas cabeças de peixes.
De novo, resgatando o que já estava morto - e comido -, diz:
"Come com isso aí, quero ver!"
"Não, melhor não" - já sem paciência, pensando no documentário sobre o stress de ontem à noite.
"Tu não vai comer? Come aí!"
"Hum" - enraivecida demais para responder educadamente.
Então, uma voz heróica diz:
"Não enxe o saco e come logo" - É, papai não assistiu a reportagem.
Silêncio.
Felicidade súbita. E mútua. (acho...)

...

An Everyday Almost Suicide

Acordar às cinco horas ouvindo rádio no volume máximo;
Poder dormir mais cinco horas, mas lembrar que às duas tem inglês;
Cozinhar o arroz;
Não ter roupa pra usar;
Lembrar que a rematrícula só era pra ser entregue até hoje;
e que falta fazer duas unidades do workbook e uma composition;
Tomar um banho de sol depois de um banho de água;
Uma hora no ônibus...
Aturar pessoas hostis;
Aturar um sol hostil;
Aturar um asfalto sinuoso;
Não conseguir resolver os exercícios propostos;
Pensar que, se tivesse ido pra aula, todos os exercícios poderiam ser resolvidos atencipadamente;
Ter raiva;
Stress mental, sonoro e visual;
Vontade de suícidio.
Suada, atrasada e eufórica;
Acompanhar impacientemente passos lerdos à frente;
Ouvir, repetidamente, vozes irritantes desejando boa tarde;
Invejar àqueles que chegam em seus carrinhos brilhantes e confortáveis;
e àqueles que não precisam enxugar a testa com um papel nojento;
Ambiente climatizado, finalmente.
Descobrir que o dever não era pra hoje e que a rematrícula poderá ser entregue na terça que vem;
que pessoas legais são sempre legais;
que professores legais são sempre os sarcásticos;
que as faltas não foram tantas assim;
que aquela pessoa inteligente não é tão inteligente quanto você;
e que as aulas de inglês são sempre rápidas.
Comprar um docinho pra irmã amada;
Sentir o chuvisco na pele;
e dor de cabeça ao beber água gelada;
Tomar o ônibus que não demora tanto;
Perceber em meio a propagandas visuais a natureza mais gatona do mundo;
Reparar nos detalhes;
Fotografar as coisas simples;
Despentear o cabelo com o vento forte e frio;
Sonhar acordada;
Chegar em casa e pisar na lajota fria;
Comer pizza com a irmã amada;
Ouvir os segredos...
Dormir.

TESTE

Você vai precisar de:
- Paciência pra ler essas besteiras;
- Estar muito desocupado pra ler essas besteiras; e,
- Ser alguém pensante pra não levar a sério essas besteiras.

1. Você descobre que vai ter que fazer amizade com uma menina feia, chata, psicótica e com um cabelo liso horrível. O que você faz?
a) aceita numa boa, afinal, ninguém é perfeito e, paciência se a genética não colaborou.
b) adora a idéia, compra um pirulito, come e dá o palitinho pra ela, como símbolo de amizade.
c) manda ela ir tomar no cu.
d) não faz nada, você é autista.

2. Um dia, você empresta a única caneta DIC de trinta centavos que você tem e que vai usar no dia seguinte pra fazer um prova importantíssima que irá decidir seu fututo. Mas, a sua nova amiga esqueceu a caneta dela e pede a sua, que você não está usando, emprestada. Você:
a) entende e empresta, afinal, poderia ter acontecido com você.
b) empresta na maior boa vontade, e, no outro dia antes da prova compra uma PENTEL bacana, com 12 cores pra ela brincar de colorir.
c) diz pra ela ir tomar no cu, que você só tem aquela caneta e que se ela quiser uma igual, que vá comprar lá no inferno.
d) você baba.

3. Você emprestou e, você descobre que, a tampa, lançada sobre sua cabeça, está babada, mordida e inutilizável. Agora, a sua única caneta está sem tampa e você não pode guardar o seu estojo, rosa e limpo, porque vai manchar. Como isso foi descuido de sua amiga, você:
a) compreende, porque, afinal, ela é psicótica.
b) sorri, diz que não tem problema, pega a tampa babada e guarda no estojo como símbolo de amizade.
c) você quebra a caneta, joga no chão, levanta da cadeira e sai puxando o cabelo de sua amiga, bate a cabeça dela contra a parede e manda-a ir tomar no cu.
d)você ri porque os coelhinhos são azuis.

4. Sua amiga ficou mal porque estragou sua caneta e diz que vai comprar uma nova pra você. Lógico que você quer uma nova, então:
a) agradece o "presente" e a aconselha a ir ao CCC - Comedores Compulsivos de Canetas.
b) aceita de todo coração, adora o presente, mas acaba nem usando porque coloca em uma caixa de vidro no seu quarto, pra admirar todos os dias.
c) diz que não é mais do que a obrigação dela e a manda tomar no cu, pra não perder o costume.
d) acha legal ver os duendes brincando.

RESULTADO:
Se você marcou mais A...
Você é uma otária e deve morrer.

Se você marcou mais B...
Você é obra da imaginação de pessoas bobas.

Se você marcou mais C...
É uma psicopata, louca, demente, débil, descontrolada e também deve morrer. Na cadeira elétrica.

Se você marcou mais D...
Você é muito legal. O que os duendes te disseram? E aí, conta!

Mundo Eu.

Todas as pessoas são egocêntricas, egoístas, narcisistas, ególatras, egotistas. Sabe-se. E tudo tem o mesmo significado basicamente, mas é uma questão de aumentar o volume das coisas.
Bom, de qualquer modo isso é fato. É, eu sei. Temos que lidar com pessoas mesquinhas o tempo todo. E daí? Você não é diferente. Como já dizia aquele sociólogo "Todas as pessoas nascem más, cabe ao Estado impor uma ordem social".
Todas as pessoas mentem, dão falso testemunho, omitem a verdade, enganam as criancinhas e roubam seus pirulitos.
Todas as pessoas se fazem de bestas de vez em quando, se passam por despercebidas, fingem estar pensando em algo, mas na verdade estão escutando que Tati é uma boba por ter terminado com aquele namorado lindo.
Mas tem cada gentinha... Gentinha mesmo. Ora merda que é! Tem gente que é ao extremo. Eu penso assim: Somos egoístas? Sim, todo mundo é um pouco, todo mundo quer, em primeiro lugar seu próprio bem. Mas... Eu preciso sair por aí pisando em todo mundo, falando o que eu quero, ignorando opiniões alheias e continuar sendo ridícula?? NÃO!!
Odeio gente que se acha. Gente mentirosa. Gente sonsa. Mais odeio ainda mais gente hipócrita!!
Fazer uma boa crítica é construtivo. Saber fazer uma crítica é sábio. Mas, quando as pessoas que se dizem mais abertas e inteligentes o suficiente para aceitá-las demonstram não estão preparadas pra escutar... A gente faz o quê? Pega a cabeça e bate na parede, arranca todos os dentes com alicate a sangue frio, amarra pelo cabelo em um guindaste e bate contra o prédio, dá cinqüenta facadas, enterra ainda viva, cospe, vomita e solta pum na cara dela. Aff. Deixei-me possuir pelo meu espírito profundo de psicopata. Passou, passou.
Égua, amo criticar. Amo, amo, amo. Amo falar que as minhas amigas são bestas, que homem não presta, que o professor que é ruim, que foi culpa do cachorro, que não importa o que você faça, você sempre será uma inútil e eu sempre farei melhor. Tendo subsídios, lógico. Não critico porque critico. Critico porque é preciso, porque essa roupa tá bizarra, você deveria ter vergonha e ir se trocar agora.
Não faço por mal. Pelo contrário, faço por bem. Também sei ser sutil. Apesar de não aparentar.
Amo minha família. Amo meu cachorro. Amo as minhas amigas.
Quando alguém tá fazendo o papel de otário, alguém que eu amo, ou pelo menos goste, eu falo. Acho que não é mais que uma obrigação. Mas se esse alguém "liga o botão FODA-SE" (não, num fui eu que inventei essa expressão patética) pra mim, eu vou e ligo o "MATEM-A".

O recado tá dado. Sutilmente.

A História de Fideputa, a...

Fideputa era uma menininha muito feliz que vivia em uma casinha feliz com amiguinhas felizes e estudava em um Colégio Idiota.
Um dia, os pais de Fideputa viajaram. Sendo uma pessoa muito ocupada, tinha aulas noturnas de Alienação Social em um Cursinho Idiota. Como morava em um lugar muito longe da cidade, para assistir suas aulas no cursinho, Fideputa teria que permanecer na cidade por uns tempos. Sua amiga, Fudidalice, ofereceu sua casa para a estada da tão querida amiga.
Acontece que, Fudidalice era loucamente apaixonada por Preguentelo - com quem namorou e sofreu a pior tragédia amorosa: \/ - e, em um ato de desespero foi a um terreiro para tentar recuperar o amor de seu amado. A Mestra Zimbábe pediu que fosse feito um corte em seu braço com as iniciais de Fudidalice e seu amor, de modo que este seria fiel e, juntos teriam um futuro próspero e matrimonial.
Fideputa, ao descobrir que Fudidalice tinha feito essa loucura, logo percebeu que, através do ferimento, sua amiga corria o perigo de ir para outra dimensão onde serviria eternamente a um cara muito mal. Para que tudo isso fosse evitado, Fudidalice tinha que tomar a poção mágica Antinflama, que não era muito difícil de ser encontrada. Mas Fudidalice era teimosa e, movida pela paixão, não queria tomá-la de jeito nenhum. Podia-se perceber que já estava sendo dominada pelo corte, já coberto de larvas.
Na sua estada na cidade, Fideputa, em um surto psicótico, acabou contando a mãe de Fudidalice o que ela havia feito. Não gostando nada do atestado mortal, Tia Mãe de Fudidalice quase estrangulou sua filha.
Hoje em dia, Fudidalice está fazendo tratamento a base de serviços domésticos e horas de estudo por não ter tomado a poção mágica. E Fideputa... Fideputa nunca mais foi a casa de Fudidalice por causa da graça.

Moral da história: Nunca ature um \/, pode fazer muito mal à saúde e às relações amizadorescas.



Pucca: Deportada de uma animação, foi achada a um real nas ruas de Belém pela Tia Biga. Suas duas irmãs tiveram destinos trágicos por causa das péssimas condições a que eram submetidas por suas mães irresponsáveis. Pucca I após muitas fraturas e um acidente de carro, teve traumatismo craniano e morreu. Pucca II teve um pouco mais de sorte: diabética, por causa de um pequeno corte, teve que amputar sua perninha esquerda, mas ainda está viva. Pucca, filha de Gárou e Bitié vive feliz com seus pais e seus irmãozinhos postiços na Casinha do Estojo Feliz. Pucca sempre está do lado de fora, atenta à possíveis agiotas/ladrões/posseiros ao lado de Teddy.
Teddy, o Mamute Psicótico: Vivia em uma bolha de plástico com seu companheiro Microvo Chocoláteno, e, no dia 24 de março foi capturado por Daíx, uma menina feliz. Mal sabia que seria mandado para um novo lar. Seu envoltório plástico foi exterminado e seu companheiro, literalmente, comido. Mas Teddy ganhou um verdadeiro lar e companheiros novos. Quase nunca toma banho porque, após tanto tempo protegido por uma membrana plástica, seu sistema imunológico foi prejudicado e, quando entra em contato com substâncias polares passa um pouquinho mal, mas nada grave.
Anytah: Seu nome provém do grego, "anitia" que significa "ser avacalhada, sacaneada". Apesar do nome, é muito querida. Há tempos atrás, vivia muito infeliz em lugar escuro e úmido, sendo obrigada a conviver com outras criaturas redondas e crocantes, os cerealius. Mas graças a Mãdidhã, deusa grega dos ofensores comprimidos, foi salva e levada para um lugar seguro, a Casinha do Estojo Feliz. Sempre está dentro de casa, que é bem quentinha. Mas quando sai, adora correr por aí, mesmo levando muitos tombos.
Luli: Recém chegada de um lugar bem distante, já faz parte da Família dos Anexos Estojólicos Felizes. Apesar de não conseguir entrar na casinha por causa de seu tamanho, Luli sempre encontra seus amiguinhos com quem se diverte muito. Vive em uma comunidade chamada Pente A Deiras, onde encontrou a Associação dos Amigos Capilares Felizes e se dá muito bem com todos.



Agradecimentos especiais a:
- Carôu Gárou Karolhine Zales;
- Tháis Dâix Bebellly Berêra;
- Ámandhã Bãdinha Manda Dazalé;
- Nátina Ãtinha Nacler Abizáfi;
- Pucca I;
- Pucca II;
- Microvo Chocoláteno;
- Associação dos Amigos Capilares Felizes, e;
- A todos os outros que os fazem Anexos Felizes como são.

sábado, 27 de maio de 2006

Pensamento Sociólogo.

Afff ¬¬
É a segunda vez que tô postando. Por que eu esqueci do control + c control + v!!??
Bom, meu post tinha como título "Uma Empresa Educadora... Ou será Alienadora?". Falava a respeito do meu próprio colégio, Sistema de Ensino Universo, o qual doutrina seus alunos para que tenham um único objetivo: passar na Universidade Federal do Pará e acrescerem a fama do estabelecimento de "maior aprovação no vestibular da UFPA". Dizia também que, uma escola deve, juntamente com a família, educar os jovens para que não se tornem alienados e, sim cidadãos críticos. Porém, o que acontece com pessoas que passaram por uma lavagem cerebral, dentro de sua própria escola, pelos seus próprios professores, que diziam o seguinte: "Bom, isso não interessa pra vocês, não cai na prova do PSS", limitando a capacidade de seu próprio aluno!! É certo dar a alguém uma metodologia padronizada e um conhecimento limitado? Doutriná-los a fazerem parte de uma cultura de massa, ao invés de ensinar-lhes o senso crítico? Será que é certo aprender estequiometria e que Esparta foi uma cidade grega invadida pelos Dórios que, ao se apossarem da região, denominaram seus antigos habitantes como metecos - estrangeiros - se nós mesmos não impomos nossa condição e aceitamos uma dominação de algo quase inconcreto chamado "capital"?

Era disso que eu falava. Mas ainda bem que meu post foi engolido porque já tava muito chato. Prefiro falar sobre Eivril Xatine. Vocês já viram ela na Mtv? Nosssaaaaa, como ela é linda!! Quem diria que uma semi-garotinha com uma calça número 44 e uma gravata no pescoço ia fazer tanto sucesso cantando "Knockin' on Heaven's Door"? Aliás, me disseram que essa música era de um grupo aí chamado, Num-Sei-O-Quê Roses. Só papo. Povo idiota, num sabem reconhecer uma verdadeira cantora. Ela canta muiiito! Ela e a Amy Lee. Vocês sabiam que tem um grupo aí, que eu até gosto um pouquinho porque agora começou a passar na Mtv, chamado Marketinghtwish (esse eu sei o nome porque baixei "Nemo" no Kaaza) que anda imitando o Merdescence. Eles só provam que a Xatine e a Amy são demais e vão ser lembradas pra sempre!!!!!!!! Rock! Uhuhuhuhu!



É esse o nosso futuro? Sermos descerebrados por causa do vômito, principalmente, televisivo jogado sobre nossas cabeças? Começa com música. Mas depois termina com política.
E aí?

sábado, 29 de abril de 2006

Fuck Metal

Dia estranho hoje. Não fui pra aula, mamãe me deixou ficar lerereando em casa. Cara, parece que foi DEUS!! Depois me senti, er... Digamos, meio mal. Aliás, até agora estou.
Fiz meu lerererê habitual em casa já que a Expedita só vem dia cinco (!?) de dezembro (pelo menos quando eu chegar da CÃOSS 1 a minha comidinha vai tá pronta). Ai, que orgulho de mim: cozinhar, lavar, varrer! Sem empregada eu vivo.
Nem fui pro Ccbeu, já tava de saco cheio, dor de cabeça... Argh. Ainda ia ter que pegar aquele bonde conexão "Maguari-Belém". Não, não... Pensei em ficar em casa estudando. Ó.
Já estava arrumando meu material pra dar aquela estudada quando uma voz me chamou. Segui sua direção, e adivinhem de onde vinha? Sim, do computador. Ela gritava, implorava pra que eu ficasse só cinco minutinhos lendo "scraps" no Orkut (leia-se rede internética alienadora de mentes jovens que passam horas na frente do computador vendo comunidades frústreis ao invés de ficarem estudando).
Liguei a maquininha e comecei a ler. E comecei a ver comunidades e comunidades. Até que cheguei na "Odeio Patty-Metal", seita que abomina menininhas que se vestem de preto, passam lápis preto nos olhos, escutam Eivril Xatine e se dizem metaleiras/grunges/rockeiras, as chamadas "posers". Bom, dentre os tópicos, havia uma menina que se dizia fiel à sua seita e ao seu metal, mas que, na verdade, gostava mesmo é de um punk (!?) Green Daydiano. Esculachada pelos mestres do metal que afirmavam ser uma verdadeira líder da oposição, uma verdadeira "Patty-Metal", perdeu e foi abolida da comunidade (bom, o final eu inventei).
Sabe... Também abomino esses posers. Mas não sou metaleira/rockeira/grunge. Mas ainda tenho pena dos meus ouvidos e critico sim, bundalelês e egüinhas pocotós da vida. Gosto de escutar boa música. Aliás, nem sei que estilo eu gosto, muito menos bandas. Não sou fiel a nenhuma e nem me preocupo em saber o nome do vocalista. Posso até escutar metal, se bem que eu não sei nem o que é isso porque inventam tantas nomeclaturas pra uma coisa que eu simplesmente chamo de música - New Metal, Melodic Metal, Death Metal, Viking Metal, Trash Metal, Gothic Metal, Arrasation Metal, Power Agressive Satanic Metal.
Afinal... Eu sou o quê? Poser? Não, não. É feio sair por aí com uma calça lá embaixo e uma blusa do "Helloween" com um monte de lata na cara e não saber quem é Ozzy Osbourne e o que aquele morcego sem cabeça tá fazendo ali no chão; Metaleira/Grunge/Rockeirona? Não, não. Também não; Funkeira? Bregueira? Pagodeira? Sertaneja? NÃÃÃÃÃO!!!!
No fim, acho toda essa discussão sobre música uma bobagem. Gosto de música e pronto, oras. Mas aí também é preciso saber o que é que você chama de música. "Tô ficando atoladinha... Toma, toma bunitinha" prefiro encarar como um movimento marginal de favelados do Rio de Janeiro. Assim como tem de Belém do Pará também. E eu respeito muito tudo isso. O Brega é nosso e é bom.
Tem muita gente que perde seu tempo achando que metal é pra poucos, que é uma doutrina que apenas os mais cultos devem seguir. Vestem-se de preto e chamam a sociedade de alienada (e é mesmo, sem dúvidas). Mas será que é necessário promover discussões bobas sobre a qual estilo o Guns N' Roses pertence? Fuck Metal, pode ser?
Não tenho e nem quero ter estilo. Quanta bobagem esse povo autoritário diz. Deus me livre e guarde!



Falando em metal, metal... Angra hoje no Altino Pimenta. Não vou. Por quê? Castigo; Falta de companhia; Falta de carona; $$; Pais incompreensivos.
Bom divertimento a vocês, sortudos.

Arr... Como é bom esse cheiro de silício. Computador, teclado, blog...Já tava com saudade de escrever sobre a minha vida, dar as minhas opiniões. Afinal, falar é tão fácil. E além do mais, é possível que essa maquinaria aqui me dê algo mais que spams: criatividade.Égua, tá na hora já de exercitar né? Não que seja uma obrigação, mas eu me sinto melhor quando aparento inteligência (ter mesmo só depois, afff).Só espero que essa porcaria realmente me seja útil. Alguma coisa tem que me estimular e, se nem a Internet conseguir isso... aí, bom, como diria o sociólogo mais foda da história do Universo, Edilson: "você vai se... frus-trar."Sei que muita gente não vai nem ler e vai logo chamar de bosta (tá verdade, mas me deixa ô... é só treino, treino!); outras vão achar filé (humm... eu disse quantas eram!? sim, tá, podem ser poucas ou só uma, sei lá, mas vai ter ora!); outras vão só dar uma olhada, assim, pra comprovar que existe mesmo e podem até rir de algumas coisas; algumas, porém, vão aproveitar pra investigar a minha vida e vão até fingir que nem sabem o que é blog, quanto mais que eu tenho um. Só pra depois contatar a CIA e aí papai... ÊêÊEêêhhh... Sem graça....Sim, poisé. Acabou o assunto. Afff, isso não vai dar certo. :P