terça-feira, 29 de março de 2016

muito sentimento envolvido

você aqui, dentro de mim. às vezes, não te percebo.só que de vez em quando você vem, me cutuca, pra lembrar que está aqui comigo pras horas mais difíceis. eu penso que você não vai dar conta, que vai pular fora. e aí, me engano.

é um pouco difícil essa nossa convivência, que se tornou tão íntima. eu conversei com algumas pessoas, corri atrás de informações pra saber como você era, seu jeitinho. mas só vivendo assim é que consegui descobrir. ainda estou descobrindo e acho que nunca saberei por completo.

nunca imaginei que chegaria nesse ponto, mas sei que assim é melhor. mais saudável para todos. ainda não te amo, mas esse dia não demora a chegar, meu, quase querido, coletor.

segunda-feira, 28 de março de 2016

trabalhar que é bom, nada. trabalhar nem é bom.

olá novamente. sou um cometa.

faz tempo. parece que eu não consigo acertar meus textos ao mesmo tempo que não dou um jeito na cara disso aqui. uma coisa meio juvenil, meio revolts, sem nexo de causa e efeito, de lógica, de cor.

apesar de sentir uma necessidade disso a cada cinco mil anos quando volto aqui, não me enxergo mais aqui. tento, mas é meio em vão. não sei se isso existe.

pensei agora se isso aqui não era um ponto de referência pra mim quando eu ainda não tinha muitas referências na vida. eu começava o dia pensando como ia terminar escrevendo ele. escrevendo-o. perdi a prática. perdi-a. de fato.

mas é fato, e o tempo não nega, que tem coisas que se mantêm. as coisas. pontos, espaços, minúsculas. alminha revolts.

sim, é prática, mas ela não se encaixa mais. tudo mudou. casa, trabalho, cachorro pra gato, vontades, mente. até dor no punho apareceu. mas ainda não acho isso aqui inútil. aliás; preciso ainda sim. porque esses retornos da memória fazem a gente lembrar o que importa. porque começamos isso ou aquilo. preciso continuar lembrando. faz parte. de mim. ainda que clichê. vai ficar enorme. não há trabalho. frustrante. não sei como termina.