domingo, 14 de setembro de 2008

the sueño real

i need talking english
yo quiero en español
só imaginar e escrever

parece que a poeticidade invadiu a realidade - minha
a escrita parece tão vã e ofensiva
a algo tão verdadeiro e irreal - e bonito

where is inspiration?
aquí, conmigo
incontida, contida nele

ay diós, thanks.
obrigada, mas eu preciso de mais.
mais letras, mais suor, mais visões, mas ouvidos, mais aplausos, mais afagos, mais desafios, mais emoções.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

ai, me desculpem ser desnaturada
mas é que amo todos vocês

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

desgraças

ó, azia de manhã não dá. essa acidez do estômago, fome desgraçada e vontade de não comer nada contribuem para a dor de cabeça e o mal humor.

as pessoas olham, e olham, clinicamente, essas viadas. não cuidam da vida delas, só da tua roupa, olha só que estranha, fora de moda, nem parece dessa cidade, país, de pequim talvez essa esquisita.

o sol. esse sol radiante, irritante, que penetra nos olhos, vai até o cérebro, bate no crânio e fica retumbando, fazendo eco e piorando a azia, a dor de cabeça, o enjôo e o mal humor, esse caralho.

já enchi o saco falando dessa poluição sonora. porra, enche o saco isso, porra. se pudesse, me privaria de escutar as vozes alheias nas ruas, nos ônibus, os psius, as conversar telefônicas, as buzinas, e principalmente, as porras das músicas que ninguém quer escutar! vai comprar um fone, féla da pota.

e ainda tem a azia que não passa!

sábado, 23 de agosto de 2008

onipresente

já vi de tudo nessa vida. já vi lua mais linda, prateada e enevoada, brilhante e misteriosa, de lembrar os momentos mágicos que ainda estão por vir. já vi briga feia, de dar medo, apertar o coração e arder os ouvidos, de fechar os olhos, de gritar 'calem a boca', de verdade. já vi coração mais lindo, entregue de coração, vermelho e recheado das mais doces palavras. já vi os maiores defeitos dentro de uma qualidade e a maior qualidade dentro de vários defeitos. já vi tanta bobagem, passageiras, que quando vêm causam um estrago enorme e parecem interferir no sempre, e nunca interferem. já vi maldade, ingenuidade, negligência, histeria. já vi doçura, mansidão, afeto e mais que amor. já vi milhões e esqueci todos. já vi nada e recordo-o pleno.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

é o caráter misantrópico avassalador

noite difícil essa. uma santa pagando pelos seus pecados. semeando a discórdia dentro do bem. logo quem? a palhaça de circo, a boba da corte, a ovelha colorida. se a vontade de fazer o melhor, a cultuação da verdade, a busca da centralidade são mal-entendidas, o quê se pode apreender? o quê se pode apreender na imaturidade eterna, na cegueira egoísta, na irracionalidade do ser? hein? foda.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

o mar

o mar é lindo. traz em si milhões de coisinhas que enaltecem ainda mais a sua perfeição. nos dias de sol, nos enriquece com a sua beleza. nos dias de chuva, nos surpreende com suas reações. o mar é cheio de mistérios, mas quando nos entregamos a ele percebemos o quão acolhedor é, que debaixo de tanta água há uma história, uma visão, uma sensação encantadores. o cheiro do mar é bom. o gosto do mar é bom, salgado. quando se vê o mar a vontade é de correr e pegá-lo de ponta a ponta, encolhê-lo e guardá-lo numa caixinha, pra sempre, dentro do coração.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

eu também

parece cópia
mas acho que é reciprocidade
é troca
é um pensar a dois
fazer pelo outro
um não falar
é um sorriso à toa
um pedaço teu longe
é saudade
insuportável
é um exagero verdadeiro
é uma realidade inacreditável
um sonho sem fim
é amor palpável
que não cabe dentro de si.

sábado, 16 de agosto de 2008

so brand new

tempo de novidade esse
obrigações
músicas
filmes
histórias
ocupações
reações
lugares
amigos
ele
ele
tu
tu
tu
.
aquela história de julgar que já passei por todas as experiências possíveis é mesmo uma furada. porque agora que eu tenho diante de mim toda essa coisa nova, eu percebo, o quanto eu não sei e o quanto eu posso mudar. não sabia como era sentir sentir de verdade, essa coisa não de filme, de vida, de muito carinho e amor. e isso é porquê eu tava errada e mudei, graças a todas aquelas preces.
se ter
do dia pra noite
tudo o que se quis um dia
é não só
encantador
assusta
com o possível
não o ter
da noite pro dia

saber que se pode
idealizar à vontade
mesmo que pareça
cada vez mais
impossível
porque o impossível
se torna completamente
possível
nesses ataques
de sorte

quando tudo
que sempre se imaginou
tá à espera
unicamente
de quem imaginou
vem a vontade
incontrolável
infinita
e eterna
de segurá-lo
com uma força
incontrolável
infinita
e eterna

não há
de vez em quando
há a
imaturidade
a precipitação
e o precipício
há o
imensurável
pra sempre e único
há o
olhar marejado
o tremor das pernas
o ar irrespirável
o sorriso contido
diante do que é
lindo
nindu
chu.

metodismo bagunçado

o pior de não escrever é que tudo se bagunça. aí quando se quer falar, não se fala. porque o que se quer falar tá embaixo das palavras que estão à primeira vista e, o pior, amassado e embolotado. daí começa-se a jogá-las todas por cima das camas, amassadas e embolotadas mesmo, até que ache, parte por parte do inicial. e no final não se tem nada, aliás, tem-se tudo, bagunçado, amassado e embolotado e, por mais que se tente dobrar tudo e guardar, o tudo fica porcamente arrumado.

domingo, 15 de junho de 2008

cronológico

"Teddy, o Mamute Psicótico: Vivia em uma bolha de plástico com seu companheiro Microvo Chocoláteno"
"sendo uma pessoa muito ocupada, tinha aulas noturnas de Alienação Social em um Cursinho Idiota " (sobre Fideputa)
"Eu não sou o seu problema, caralho. Ou sou!?"
"sempre uma incógnita"
"não vem querer criticar os teus erros em mim"
"because they think it's not usual of me and, in fact, it's almost repeatedly"
"flôflô, meu apelido carinhoso para uma das minhas mais doces lembranças"
"Cara de cu, aquela cara horrível, entendiante e entediada, hostil, com a boca imóvel e os olhos levemente caídos e fixos num ponto. Eu não tenho cara de cu não. Eu não. Cara de bunda sim. E com orgulho. Cara de bunda, aquela cara meiga, meio séria, mas lisinha, sem rugas. Com um rascunho de sorriso maroto nos lábios e os olhos meio apertados. Legítima cara de bunda recém-acordada em um ônibus lotado procurando detalhes sórdidos do cotidiano. A minha cara de bunda, bundamente falando."
"Entroncamento: Objeto pouco estudado, ao que parece, seria um protótipo de feira livre, ecótone urbana e tragédia regional."
"ela é fênix, que se renova a cada iminência de desespero."
"e então, blog."
"pra necessariamente arrebentar, independentemente fortificar e invariavelmente ser"
"livre pra me ser"
"do jeito que anda, mais pára"
"algumas pessoas têm máscaras reservas"
"tudo tende a crescer, infinitamente. e isso, não é otimismo"
"pelo menos querendo, é possível exercitar a capacidade de querer. porque, querendo algo, se quer muito mais, e se ganha muito mais, por querer mais. se pensa mais, se vai mais além, se têm, se dá e se dane. não anda dando certo mesmo. "
"porque me vejo, porque me sejo"
"Se desejam mostrar(em-se), que seja direito! tomem no cu, boçais! sem acentos indevidos, sem erres grotescos e na mais fina vulgaridade."
"a vontade muda."
"ó, antes amarga a comida do que salgada!"
"o ar, que comprime, imprime, entra e não sai. o ar, deus meu, mais sai, do que entra! esse ar, esse ar de mau agouro, carregado de malácia e magnânime em seu olor."
"que coisa gostosa que é sentir sentir."
"quero uma vida cheia de sons e parágrafos, à toa, destinados, tortos, em linha certa."
"fui eu, caralho, que consegui, sou eu, caralho, quem vai conquistar mais pra vocês, pra mim!"
"diabos, venham tomar conta de mim."
"apóio bagaceiragens, putaria e cagadas, mas não a ilusão desses"
"só de pensar que tudo o que eu queria tá nas minhas mãos e, agora o que mais quero, é o que tinha nas mãos e não tenho mais. vida sofrida essa."
"mente imunda: que culpa tenho eu se a interpretação é infinita?"
"porque sou estudante e pago meia com dez reais!"
"ai, mediocridade (ai, mediocridade)."
"segredos de beleza: arrotar, peidar, dizer que vai cagar, feder, ignorar o bom vocábulo."
"a formiga vagueiana imensidão da blusapor pelo quadriculadonão corre, menina,vai fazer cócegas"
"eu sou produto dos três, mas parece que vieram de mim.e, portanto, requerem todo o cuidado pra que possa não quebrá-los."
"não dormir, prazermir"
"ANDO FARTA DE TANTA MERDA! POIS VÃO LIMPÁ-LA VOCÊS"

terça-feira, 10 de junho de 2008

recado

sim, sou preta; não, não sou empregada, palhaça e afins.
me falta tempo, essa temporalidade moderna, que nos obriga a estar sempre preocupados com as tantas coisas que se tem que fazer.
e isso inclui lavar louças, arrumar a bagunça, tirar cabelos do chão - alheios - e ainda escutar por fazê-los mal.
é que: CARALHO, EU TENHO MAIS O QUE FAZER! NÃO VIM PRA CÁ PRA ME TORNAR EMPREGADA DE NINGUÉM! NÃO FICO ME VIRANDO PRA FAZER AS COISAS PRA DEPOIS TER QUE ATURAR BABOSEIRAS DO TIPO 'AQUI AINDA TÁ SUJO' E 'NÃO FUI EU QUEM FIZ ISSO, ENTÃO, NÃO VOU CONSERTAR'. VÃO SE FODER! EU JÁ TENHO PROBLEMAS DEMAIS, PONHAM ESSAS PREOUCUPAÇÕES NO CU DE VOCÊS! JÁ ME BASTA CHEGAR CANSADA, LAMENTAR AS MINHAS DESGRAÇAS, A FALTA DE COMIDA NA HORA DO ALMOÇO, OS MEUS CABELOS QUE NÃO PÁRAM DE CAIR, E VOCÊS AINDA ME VÊM COM RECLAMAÇÕES!?!?
POIS ENTÃO PENSEM EM MIM COMO EU ME ESFORÇO PRA PENSAR EM VOCÊS! EU POSSO NÃO SER PERFEITA, NÃO FAZER TUDO DO JEITO CERTO, POSSO NÃO SER O GÊNIO DA FAMÍLIA, POSSO IR CONTRA AS REGRAS DA CASA, POSSO QUERER ME DIVERTIR, POSSO TER OUTRO CONCEITO DE EGOÍSMO, MAS NÃO SOU BURRO DE CARGA E ANDO FARTA DE TANTA MERDA! POIS VÃO LIMPÁ-LA VOCÊS, QUE PRA MIM, JÁ DEU, FODA-SE!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

um dia

uma declaração de carinho
uma de saudade
uma de tristeza
uma de clamor

valeu.

be my friend, be my brother

encosto; apelo; ajuda, ajuda; meu deus, soluço, soluço, soluço; soluço; suspiro; diabinhos na cabeça; laranja na garganta; ajuda, pelo amor de deus; i need somebody i need someone, sim; cegos; surdos; mudos; pedinte; ajuda, ajuda, pelo amor de deus; mentira; falsidade; capa; falsa, falsa, cadê a verdade; por favor, e vocês, cadê; soluço.

domingo, 8 de junho de 2008

reciprocidade, lembra?

por que é tão difícil esquecer de quem se gosta?
eu já sofri e re-sofri todas as palhaçadas, negligências, passadas pra trás, e ainda sim?
sai da minha vida, que saudades, que te amo porra nenhuma!
quando esse egoísmo vai acabar?
eu também te amo, tenho saudades de uma coisa que parece que não vai voltar nunca!
porquê? porque tu consegues tornar tudo o que é normal tão diferente, por isso, só por isso.
eu sou a mesma, meu amor não mudou, mas resisto pelo meu orgulho, que já cansei de bancar a idiotinha.
queria ser uma amiga, de indas e de vindas, de amizade recíproca, não um encosto, um banco, um apartamento pra fodas, uma desculpa furada pra mãe.
ok, eu te amo.

a bolsa e a vida

às vezes é bom se livrar de todas as obrigações
e ver um filme
gritar
e lembrar de velhas porcarias.

que bom que amanhã tem mais.

sábado, 7 de junho de 2008

quero ouvir quero ver quero ler quero escrever quero mostrar - mais ou menos quanto, quando?

tudo o que eu queria era viver do sonho, acordar, escrever, ler para (me) lerem, sem me preocupar com amores vãos, metodismos, modismos, inferninhos, esses inferninhos que fazem as pessoas na vida da gente, dizendo que o nosso cabelo tá farofento, o sapato não combinou com o cinto, o colágeno cedeu ao tempo e que ninguém vive de trabalho, que isso é coisa de nerds, nerds uma porra, seus vagabundos, isso é coisa de gente séria, que sabe o que quer, que vive o que sonha, que reclama de noite mal dormida, mas que não sabe como seria não ter aquele aperto, aquele desafio, aquele prazer estendido pra sempre.

tudo o que me resta nessa vida é sonhar, mal dormir, acordar, ler para escrever, escrever para lerem, não (me) ainda, isso demora deus do céu, essa demora agonia, nem é demora, é o fluxo normal das coisas, tem de se aprender primeiro, mas que dá vontade de sair correndo, fazer todo mundo acreditar que não preciso daquilo, baboseira, eu me viro, mostro pra quem quiser, sem ambigüidades por favor, e tô me virando, tô me saindo, tô me mostrando, duvido se não gostam, não é convencimento idiotas, é o mínimo do meu esforço pro máximo do meu reconhecimento, vou lá, eu sei, eu posso, oras.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

pulseira nova, vida nova.

ai, todo esse esforço adianta sim. te reconhecem, engrandecem, tu te aperta mais; e fica mais feliz.
e ainda de licença poética.

eu preciso de pouco tempo
pra mundo, tudo

não dormir
prazermir

e daí?
que seja!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

ai, essa alternância de emoções ainda me mata

a irritação dos deveres

e o bel-prazer de conquistas gloriosas

a impaciência com detalhezinhos idiotas

o sorriso com uma surpresinha boba



esse querer e não querer

o não-querer querendo

pedindo, implorando

querer não-querendo



yo necesito

i wish

ó deus, hare krishna



boa é essa sensação de dever cumprido

pra estragar, só essa de ainda tudo pela frente.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

eu nem queria ser desnaturada, vocês que me fizeram assim.
às vezes eu nem sinto na hora - depois eu me bato toda. e dói.
mas eu sempre volto.

eu sou produto dos três, mas parece que vieram de mim.
e, portanto, requerem todo o cuidado
pra que possa não quebrá-los.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

every breath i take

ô ócio nada contemplativo
ócio apreensivo
esse não fazer
subtrai todas as minhas forças
o maquinar incessante
omitido, obtido
tido
repassa o frio na barriga
o bater descontrolado
a laranja na garganta
e agora
esse ócio
de não fazer
por não saber
o quê fazer.
que merda, seu idiota.
some da minha frente mesmo.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

ai, de mim, que sou romântica

O Jornalismo é uma atividade relacionada à informação e à crítica. Exige a observação e denúncia dos fatos, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais ou naturais. Estimula o exercício da consciência individual e coletiva. Redimensiona o cotidiano, estreitando os acontecimentos mundiais.

Escolhi o curso pela grande afinidade com a leitura e a escrita. Espero dinamizar a linguagem, de modo a melhor interagir e atingir o público. Reproduzir informações e recriar conceitos, tendo em vista o desenvolvimento das relações das pessoas entre si e entre o mundo.

Com o embasamento teórico da Comunicação, conto com a ampliação da minha visão de mundo e o desenvolvimento do criticismo para sempre servir os valores éticos e morais vigentes. E, nesse sentido, estimular a indignação e a ação da sociedade perante os problemas existentes e apresentados nas notícias.

No referente ao campo profissional, anseio a realização de habilidades múltiplas, relacionando a atividade jornalística ao cotidiano regional e nacional, diferentemente das manchetes desarticuladas da vida da população, freqüentemente lidas e quase nunca alteradoras da realidade.

Almejo a formação de um meio que esteja a serviço da comunidade, na conquista e no uso de direitos. Contrariamente à filiação partidária existente, orientada por interesses minoritários que ferem a liberdade majoritária, defendo o ideário da conscientização e da busca da democracia de fato e de direito.

Apoio-me na crença de que o Jornalismo é o instrumento capaz de causar reflexão que, por sua vez, pode mudar, atenuar ou impedir a proliferação de problemas de cunho político, econômico, social, cultural ou natural no que se refere à dominação.

Creio na efetivação de um canal simplório e alternativo, na medida do possível objetivo, com o compromisso da formação de um senso crítico comum e atuante na sociedade.
ai, quanta mentira!
tô feliz, tô feliz!
se não fossem vocês, que merda que seria.
grata pela distração,
pela companhia
e pelas risadas espontâneas e fáceis.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

a des do tino

sexto sentido dos diabos
certeiras as gargalhadas

desconcentração constante
comoda fastio

falta de imaginação
desenhos non-sense

aparente intimidade
geradora de beatitude interior

pedância abobalhada
inconformista e imatura

preguiça mortal
desvirtuante e blogueira.

terça-feira, 22 de abril de 2008

semancol

esse fingir que conhece
provoca irritação
esse querer ter carisma
enoja
esse falsa ingenuidade
tá chegando ao extremo.

que a carapuça sirva.

(pós) devaneios

correndo todo serelepe
na contramão
cachorro, cachorro
a gravata rósea e pegajosa
acompanha o pular
ritmado
cachorro, cachorro
vai bater!
caim, caim.

grace kelly, uma travessa fumengante
tia, me dá dinheiro?
de filé assado com batatas grelhadas e molho picante
não joga fora menina, pensa nos meninos da áfrica!
no roxy bar, o prazer de estar lá.
ai, tô com fome.

(...) parte do próprio território, que os brasileiros não podem entrar, que está sendo ocupado por 18 mil indígenas (...)
é isso que dá ter sangue português.

a formiga vagueia
na imensidão da blusa
por pelo quadriculado
não corre, menina,
vai fazer cócegas,
pára
pá...!

semi-plágio

minha inspiração: ruas.
isso dá sorte: acredite, não dá.
livro: dá vontade de sorrir e dizer que é teu.
lugar para descansar: cama com lençol lavado.
três acessórios indispensáveis: papel, caneta e relógio.
uma doce tentação: leite condensado escondido no armário até o final de mês.
meu carro: que merda, odeio ser fútil. me dá.
minha mesa de trabalho: bagunça, papel importante não-lido, computador à vista, janelinhas piscando, comida ao lado.
vou jantar sempre: sentada no chão, descalça, toda aberta, comendo a comida com o meu cabelo junto e o prato apoiado na barriga - vide menino do buchão.
tenho no meu guarda-roupa: traças, dinheiro, papéis avulsos, roupa amarrotada e suja, coisas quebradas que vou ajeitar um dia, roupas rasgadas que uso todos os dias; falta de vergonha na cara.
animal de estimação: o meu múltiplo filhote - cachorro, gato, foca, urso, criança - akira.
o que vejo na tevê: comerciais interrompidos, indignação, trotes, encenação, espetáculos bizarros, pão, circo.
perfumes que usa: ocre de todo dia.
na praia: cheiro de sal, bochecha vermelha, música. vento, vento.
produtos de maquiagem indispensáveis: todos são dispensáveis.
segredos de beleza: arrotar, peidar, dizer que vai cagar, feder, ignorar o bom vocábulo.
bebida predileta: suco de laranja.
cd que não sai do aparelho: todos saem.
filme que ficou na memória: nenhum fica, memória velha, boba. o mais recente que ainda tá nessa imprestável - o cheiro do ralo.
livro de cabeceira: coisa mais 'pife-pafe', questionário da veja, entrevista da troppo. recuso-me. ai, mediocridade (ai, mediocridade).
produtos de cabelo: água e vento.
a maior maravilha cosmética: a que eu não uso.
sempre carrego na bolsa: carteira meia-passagem, porque sou estudante e pago meia com dez reais!
três cores que me alegram: antes me alegrassem, essas inúteis!
a peça campeã de uso: blusa branca.
uso e não estou nem aí: a mesma roupa repetidas vezes em dias consecutivos sem lavar, cabelo bagunçado, havaiana suja, (des)combinações, enchimento, calcinha de criança.
o que não pode faltar em casa: comida!
canto preferido da casa: 'o meu quarto' - diriam. digo, o chão da cozinha, é o melhor.
não vendo, não troco, não empresto: eu.
programa legal em casa: ler no sofá do sono.
o prato que sempre dá água na boca: arroz com feijão.
tenho mania: de coçar o olho, morder a boca, mecher no cabelo, tirar caspa, roer unha, fazer caretas, sentar de perna aberta.
minha idéia de diversão: comer, falar, rir, até não se saber mais como se fazem essas coisas.
palavra que defina estilo: ai, que original. meu, caralho, ô!
objeto de decoração que mais gosta: decoração? eu? só se fosse útil.
um cheiro que me lembra infância: só um? cheiro da água na bacia de alumínio no pátio da vovó.
sonho de consumo: um livro meu. não, vários, há, há, há!
uma ação que me deixa calma: escrever.
astral é: idiota. entendeu errado, né? não, idiota, é esse.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

novidade

mente imunda:
que culpa tenho eu se a interpretação é infinita?
chatice, não dá pra ser simpática integralmente.
a interpretação é, mas meus créditos não.

sai, eu tenho validade.
não, não completamente,
só um pouquinho.

abstinência

e depois eu reclamo de quem é saudosista. aquele tempo sofrido de viagens longas pela almirante barroso, mp3 deficiente e chegadas tardias, de banhos triunfais, se foi. a velha história das lembranças serem livres de imperfeições.
as músicas de domingo tocadas no feriado, que remetem a relutância em acordar e o prazer matutino, quase vespertino. seguidas do almoço farto, das conversas p(f)lácidas, do latir pedinte, da louça engordurada, do sofá convidativo.
o livro, terminar de ler um livro, mesmo achando medíocre, e daí que foi uma americana que escreveu, ela não tem culpa, bom mesmo é ler. essas histórias previsíveis me enganaram mais uma vez; bom.
tem ainda a vida cibernética, ai, isso aliena, mas me inspira tanto. me faz escrever, isso não dá ler, já disse que ler é bom.
não quero mais amanhã. só de pensar que tudo o que eu queria tá nas minhas mãos e, agora o que mais quero, é o que tinha nas mãos e não tenho mais. vida sofrida essa.

terça-feira, 8 de abril de 2008

cara de palhaça

a única pessoa que me fez chorar por desgosto e por alegria, que era a melhor e se tornou a pior. de novo essa inanição? até quando isso vai ser necessário? quantas vezes mais todos vão ter que se torturam por um egocentrismo? que diabo de armadilha mutante é essa que consegue enganar-mos todos? te fode, doido, tu és estragada, uma pessoa ruim, que desdenha de todo o carinho que te depositam. não adianta se fazer de vítima, eu não creio mais nessas palhaçadas. é triste, muito triste pra mim. parece que eu engoli uma laranja inteira e ela agora quer voltar por onde entrou. voltou.

domingo, 6 de abril de 2008

tire o seu piercing do caminho que eu quero passar, eu quero passar, com a minha dor.

juramento

eu prometo me organizar. fazer tudo direito, cumprir os meus deveres acadêmicos, matar as saudades das minhas melhores amizades, cuidar do que é meu, afagar meu cachorro, bobear com a família, comprar mais livros, realizar uma programação cultural, escrever melhor, cultivar grandes amigos, viver a minha vida.
sem essa de me martirizar pelo que poderia estar fazendo, ou o que sonho fazer um dia. pois pra sonhar, tenho que concretizar e vice-e-versa. muita emoção pra razão.
eu até gosto, ando gostando, vou continuar e, assim, me conter. eu prometo.

sábado, 5 de abril de 2008

faz lembrar de tantas coisas
faz querer o passado de volta
e criar alegrias eternas.

foi bom
seria melhor
ai, que triste.

já pensou se acaba?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

droga, tá acontecendo de novo.

o vento

ai, como sou impaciente. esbaforida, ansiosa, curiosa, irracional, impetuosa, infantil, abestada, agoniada, imaginativa, persistente, inconveniente, c(a)rente, insistente, mentirosa, fresca, irritante, desconcertante, faladeira, irresponsável, teatral, insaciável.
ajeita isso pra mim (?).

segunda-feira, 31 de março de 2008

ahhhhhhhhh, eu vou ficar maluca!
mas eu tô tão lúcida.
fisicamente acabada, internamente renovada.
profissionalismo à merda, sentimentalismo à vista.
paradoxismo gostoso e preocupante.

domingo, 30 de março de 2008

pensei que a idiotia ia continuar. tinha, inclusive, desistido. e foi o melhor possível, porque de nada fiz e tudo que almejei, ficou diante de mim.
é tão bom ficar feliz.

sábado, 29 de março de 2008

do the noble thing

isso que dá querer voltar. que aí o pensamento viaja, o corpo se desespera na iminência do futuro planejado, a ação é vacilante.
cadê aquela bola mágica? aquela auto-confiança? aquele pedregulho?
e seria melhor, toda essa palhaçada? nem sei mais o que é a invenção.
dá vontade de agarrar tudo e ir largando aos poucos pelo caminho. assim, sem quê nem mais, só pra sacanear.
sacanagem é isso aqui. bora bagacear que é mais proveitoso.
bjkfbkasjfbdsknf cskdjfhsndgi cifbehfw akejfbheksfbk

porquê o texto acima pode ser considerado literatura?

sexta-feira, 14 de março de 2008

trilha

i'm wishing you were here.
eu tava só, sozinho.
a felicidade é uma arma quente.
dreamweaver.
muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
quando havia galos, noites e quintais.
o poeta não morreu, foi ao inferno e voltou.
it's easier to live alone than fear the time it's over.
i thought that i heard you laughing.
viver uma grande história.
eu lembro a cara que você fazia.
pela janela do carro, pela janela do quarto, pela tela, pela janela.
sol do taiti, na pele, na boa.
eu não tenho o paraíso pra te oferecer.
veja você, onde é que tudo foi desabar.
the satan awaits.
o quereres e o estares sempre afim.
maldita geni.
faze o que tu queres pois é tudo da lei.
until my dying day.

segunda-feira, 10 de março de 2008

e agora, o que acontece?
e se não acontece?
ah, essa nostalgia repetitiva que se intercala com as descobertas freqüentes acabam comigo.
queria não ser curiosa nem ansiosa.
e paciente.

quinta-feira, 6 de março de 2008

doente mental, não te mete. na diversidade da universidade a primeira lição a aprender é respeitar. isto é, não fazer caretas, não rir da cara dos outros, ser bem educada, dentre outros. não é preciso ter carisma. mas não se cultiva antipatia. mediocridade de espírito é bem pior que ignorância acadêmica, garanto. louca, louca, porque achas que podes ser tão inconveniente? constrói o teu aparato, não espera por ninguém. e rápido, tá fazendo muita falta.

quarta-feira, 5 de março de 2008

o quereres

na música do caetano veloso, na torta de frango que deveria estar à minha espera. na minha diarréia, na sagacidade daquela menina. pensei na pulseira, na calcinha, nos espectadores. pensei no que poderiam estar pensando. pensei nele - escrevi a música.

terça-feira, 4 de março de 2008

tudo: isso prometeeeeeeeeeeeeeeeee: tudo!
dispenso as críticas, os achismos, as distorções de imagem.
apóio bagaceiragens, putaria e cagadas, mas não a ilusão desses
vivamos e deixemos o besteirol de lado!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

recriação, que bosta

e ainda por cima, isso me soa como plágio.
que mané, inspiração!
unicidade! porra, nem era.

calvície cardíaca

foda-se, vou escrever abertamente dessa vez.
porra, pensei que seria mais fácil. aliás, pensei que não seria nem um pouco difícil. mas como sempre, nada ocorre como se arquitetou. as palavras fugiram, a mente vacilou, os olhos marejaram. mentira? mentira, tás a enganar a ti mesmo. pois é a mais pura verdade, quase indizível e, portanto, muito sincera. na hora não falei, falhei. agora recrio, duvido. não era pra ser, mas e se fosse? e se eu fosse, e se tu fosses e se nós fôssemos? fossa!? serão as altas horas filosóficas ou o medonho pesar? nem as músicas reflexivas, as conversas esclarecedoras ou os xingamentos ensaiados me restaram. eu preciso de todos, que não estão em mim. é ruim assim. e o pior, é que nunca havia sido. a raiva esfarrapada cedendo à dúvida existencial? mas que diabos, onde andam todos aqueles pêlos? diabos, venham tomar conta de mim. lhes dei tanto carinho e, agora, me renegam. esse marasmo me irrita, muito mais que o melodrama, pois é a agitação contida. só peço a contenção idiossincrática; a expansão instintiva. é só uma questão de tempo, sempre foi. o cabelo volta a crescer.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

(o)missão

bem que eu tentei. aliás, fiz mais que isso. falei, disfarcei, criei. não era mais uma mentira. não queria que fosse. talvez, acabará sendo.
era pra ser tudo, os anseios atendidos, as tardes compartilhadas, os sonhos escutados. mas jamais seria. no fundo, é bem verdade, tava ciente da enrascada.
preferi acreditar, e aceitar, permitir e (me) enganar.
bem que poderia. ir lá, fazer mais, todas aquelas coisas. é que não dá, não sou pra isso, talvez, tenham razão.
bobagem, essas coisas passam. depressa, por sinal, sendo egoísta. talvez, bem que seria bom, ser menos egoísta.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

carisma adquirido

engraçado como é bom conhecer pessoas novas. a tentativa de parecer bom o suficiente para vir a ser uma nova opção de amizade, enriquece. o vocabulário, as idéias, as ações. emagrece, enobrece. e, até, rejuvenesce. tira as rugas de preocupação, que cedem lugar a sorrisos convidativos. é interessante o esforço para sê-lo (interessante): quem mesmo não o é, acaba sendo. a vitória é cativar geral. válido é tentá-la.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

CARAAALHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!
foda-se educação de merda!
pagação de pau e babação de ovo!
fui eu, caralho, que consegui, sou eu, caralho, quem vai conquistar mais pra vocês, pra mim!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

caralho, que medo escroto é esse, deus do céu!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

sem penas, sem poemas

rir enquanto se pode
preparação ou despedida?

já sei o que quero e quero mais
espero o que me espera
espero.

optei pela mediocridade
e pela conquista.
pelo sonho, pela surpresa.

não deixo de imaginar
de pôr os pés no chão.

que seria bom, seria.
seria ótimo.
seria eu.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

sábado de sol

crianças. tinha esquecido como são irritantes. eu via aquelas passeando na rua, com seus ursinhos, suas babas e sapatos de plástico. mas não recordava que têm vozes agudas, pernas recém-descobertas e bateria eterna.
eu sei que faço barulho. coloco música alta, trago amigos que falam alto, rio alto. até canto a música alta do vizinho. meu apartamento não tem tapetes, não sei puxar a cadeira sem arrastar, danço o adultério no meio da sala. só que não corro no corredor, gritando, tampouco batendo nas portas alheias. durante horas.
terei que sair daqui a pouco. estudar gramática já não é prazeiroso por si só, com mal-humor então, prefiro ignorar as conseqüências. na hora em que abrir a porta, um gremlin vai entrar em alta velocidade e varar o janelão da sala. espero.
o que comem? dormem? não podem ser esquecidos bosque adentro? porquê no meu andar, porquê??
vou abrir a geladeira, fazer um guaraná, pegar o bono e colocar o adultério. bem alto, pra ver se elas aprendem algumas palavras novas. sentar-me calmamente no sofá e degustar. imaginar, e apenas isto, o pior. morram fedelhos!

gostosura

acordar com um novo dia, de grandes aspirações:
respirar a chuva renovadora, espirrar o pó molesto.
a dor na perna dá ânimo aos ossos trepidantes
e o banho frio estimula a efervescência dos neurônios.

não à rotina repugnante, às rugas e à apreensão vaga;
siim, sim, meu deus, ao cotidiano performático, às marcas de expressão e à compreensão plena.

é a mudança que chegou:
os olhares tortos, os comentários covardes, a inaceitabilidade
são sorrisos, acordos e trocas.

é a realidade dos sonhos
que não deixa mais
dormir.

ditar as próprias leis, sem dó e sem juízo:
preparar o olhar infantil, para falar velhamente.
as mãos doem e o sorriso vêm à boca:
o que se criou é o que está por vir.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

la chica

bom dia
olha as promessas que eu trouxe pra ti, menina
são pra dar sentido àquele dia
que passaste a viver por mim
eu me lembro, entre nós
sempre houve essa sintonia

e agora é só tu
que, mais quer, cantar

havia
mil motivos pr'eu não estar à (tua) frente
mas o nosso destino
foi escrito sob sonhos quaisquer
eu me lembro, em setembro,
reconheci uma criança.