sábado, 30 de junho de 2007

não sei se é bom ou ruim se sentir assim. bom porque essa é mais uma prova pro mundo de tenho sentimentos. ruim porque isso é agoniante. odeio dúvidas dos outros que partem de mim, mas toda essa insegurança aumenta ainda mais o que há de bom. e o que é bom é horrível, porque é desse jeito e não de outro, se de outro fosse ótimo seria. é terrível ser fechada e desconfiada. é ainda pior ser ingênua. ingênua? sabe deus se isso é ingenuidade. pode ser verdade. e se não for? e se for? que merda. tem horas que não se pensa. só penso. queria escrever abertamente, mas até pra isso me limito. me limito em falar, desejar, sentir. pra quê tanto? o meu medo é que tudo isso seja realmente necessário. deus, deus do céu, ajuda a filhinha da terra. dos altos e baixos, tá na hora de estar por cima agora, não?

domingo, 10 de junho de 2007

seja eu

não é que seja baixa auto-estima. nem sei qué isso. só tenho plena convicção de mim. entende isso? não é que eu ache, é que eu seja. de todas aquelas coisas físicas que eu falei, dos cotovelos e das veias, da ossudez preponderante e dos ruídos inoportunos, de todas, eu não aumentei. só comentei. não é que eu me veja, é, como eu já disse, que eu seja. e ainda tem o resto, que eu gosto de falar. não é que eu ache bonito, repito, que seja eu assim. da ganância humilde, da mente bizarra, da contradição do ser. que seja. que seja, bonita, feia, com ou sem a porra da auto-estima. o meu seja é bonito sem o ser, justamente por isso. por isso eu me gosto de auto, de outrem, de alto, de baixo, de mim, de si, de tanto, de até, de sempre porque me compreendo, porque me vejo, porque me sejo. não preciso de palavras feias, como a tal da auto-estima. me vêm palavras muito mais sólidas como boba, má e legal. seja eu, sem os livros da lista da veja, sem os artigos indicados pelos professores, sem querer ser mais por ser menos. ser mais concisa? justamente, sou nada. e pra isso, a auto-estima nada me serve.

não era isso, era outra coisa.

já percebi que quando eu quero fazer algo, eu faço do avesso. se quero A, ganho B. e ainda me fico feliz.
é mais uma daquelas coisas de que "se tu queres muito uma coisa, podes ter certeza de que não a terás". triste isso.
ou melhor: daí tu partes de um novo ponto, cria novas perspectivas, cria do contrário e no final, na hora do resultado esperado, tu tens o desejo inicial bem aí, na tua frente.
talvez fosse melhor fingir querer algo pra ter outro. não. quando se deseja, o desejo não se esconde de nós. vanamente tentamos escondê-lo, mas o que temos é a fortificação daquilo que queremos, justamente por cobiçá-lo, cobiçando outras coisas.
pelo menos querendo, é possível exercitar a capacidade de querer. porque, querendo algo, se quer muito mais, e se ganha muito mais, por querer mais. se pensa mais, se vai mais além, se têm, se dá e se dane. não anda dando certo mesmo.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

mania de achar que a vida tem que ser (e é) maravilhosa

nada como acordar pra assumir os compromissos e não o fazer.
largar o tempo, a higiene e os cabelos.
ter tudo conspirando contra ti e não usar os obstáculos ao teu favor.
simplesmente, ignorá-los.
ignorar o que tá próximo pra entender o longe, de perto.
calar falando.
olhar dormindo.
expandir-se estaticamente.
mudar pra ti ser.
a ardência generalizou.
que bom.