domingo, 30 de dezembro de 2007

alívio pela metade

o tempo anda bom. espero-o sempre.
ah, como é bom, ver tudo o que se sonha, acordar sonhando e dormir planejando.
nada pode traduzir a euforia, a felicidade, o alívio, a vontade de gritar, de dançar, de sair correndo, de fazer tudo ao mesmo tempo.
uma mistura única e irracional, de chuva fresca e colorau.
fechar os olhos e escutar as batidas, pular e pisar na tampinha, dançar e esquecer tudo.
só falta acontecer mais uma vez, que aí, tornar-se-á completo, papai.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

eu quero dormir, pra acordar e gritar, pular, sair correndo, tomar banho de chuva, fazer rodinha e pintar a cara.
agonia que ninguém entende, pai, porquê?
dá um medo, um medo terrível, um frio na barriga, uma ardência nos olhos, uma dor no peito.
dá vontade de se isolar do mundo e de estar nele todo.
a dó é que não há, nem haverá consolo, se for e se não for.
então, deus, me deixe levar como bem entendo.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

ônibusterapia

o vento a bater na cara, bagunçando os cabelos, trazendo a poeira pra boca e levando embora o fardo que é pensar; trazendo a glória da sinestesia, dos cheiros e dos gostos deliciados pelo olhar de quem lê o cotidiano e, com ele se diverte.

os retratos móveis que retratam o alheio e o simples, e o trivial e o completo, feio mais belo, que mobilizam em cada piscada lenta - pra abrir e ver e fechar e imaginar -, a cada esquina vaga, a cada cão enrolado, a cada olhada no relógio.

a pilha é a vida e a música embala a freqüência da rotina. canta, encanta, manda e cansa, ó ritmo dos dias. contagiante, intinerante, pedante; impiedoso. é o roçar das costelas, as conversas sem propósito, a estação de rádio que fica no ar.

o suor que escorre, secado pela roupa dos outros, que (te) secam. é o sorriso no rosto, a indignação na testa ou a emoção dos olhos? é a insanidade do realismo, a complexismo do simples ou a desbanalização do ser? é vários, é tudo, é o todo, que é nada.

sábado, 15 de dezembro de 2007

a gente traz um desejo de alegria e de paz, e digo mais: a gente tem a honra de estar ao seu lado.

não sei porque, mas farei.
deu na telha, ora bolas.
não me agradeça, me engrandeça.
não me fale, fale.
é de coração, mesmo não sendo, bobinho.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

bobagem

o nada que se fez tudo
descompletou por completo
nada.

o tempo que voltou
ri das caras de espanto
que se repetem neste
maldito
eterno
ciclo.

a vontade que pertuba
faz-se surda,
mas nunca muda.

olhos de ontem
coração de hoje
e suspiro de amanhã.

a nostalgia embobece,
boba, boba,
pára de sonhar.

domingo, 2 de dezembro de 2007

orkuráculo

Sorte de hoje: Quem se apaixona por si mesmo não tem rivais.

às vezes eu esqueço meu ceticismo e, até acabo acreditando nessas coisas. principalmente porque elas vêm quando eu mais preciso. não dá pra não ficar triste quando os outros conseguem o que tu queres e, tu te achas impossibilitada de fazer o mesmo. dá medo de crer noa pensamentos populares e descobrir que são verdadeiros. não deveria ser pensamento negativo, mas é que, os outros... os outros! parecem tão despreocupados quanto capazes.

domingo, 18 de novembro de 2007

procura-se

livros. eu quero livros, nomes diferentes, histórias envolventes, assuntos pouco discutidos e não menos importantes; quero admirar a construção frasal, sonhar com enredos, chorar no final.
me dêm música. música boa, de bons, gostosas, cheirosas, alucinógenas. de arritmia contagiante, versos pensantes e impregnantes.
quero viver em meio a música e livros, numa vida de palavras, acentos ortográficos e reticências.
quero uma vida cheia de sons e parágrafos, à toa, destinados, tortos, em linha certa.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

quem diria que seria assim, que não seria e que depois viria e ficaria e, talvez para nunca mais ir embora. quem diria que as coisas mudariam e voltariam a ser iguais. quem diria que confusão tornar-se-ia sentimento e, dos bons.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

que coisa gostosa que é sentir sentir.

sábado, 3 de novembro de 2007

o grito

não perca, não tem porquê. não fiz nada de errado, aliás, tentei fazer tudo certo. besteira sua achar que eu invento. que acho que não lhe devo satisfações ou que sou dona da minha própria vida. a verdade é, que só quero vivê-la. é simples mesmo e desse jeito. mas sem passar por cima do senhor, sabe disso. o pior é que não faço nada. se um dia me surpreendi com toda a confiança depositada em mim, hoje eu me indigno diante da falta dela. ligue lá, ligue, que o senhor vai quebrar a cara ao saber que eu falei a verdade.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

parágrafo único

ó medo que dá. essa tolice que nos assola, hora que não chega, vontade que transcende. dias que passam - de esforço duvidoso, trabalho pavoroso, pensamentos vacilantes. os dias de medo, os tempos de horror, o fim do início.

os verbos

consegui
obrar.
fazer
vencer.

ganhei
muito.
espero
pouco.

permiti
tudo.
prometi
somente.

quis
doar.
reconheço
gostar.

tenho (.) não sei.

domingo, 28 de outubro de 2007

baroa

mas quem tem coragem de ouvir
amanheceu o pensamento
que vai mudar o mundo
com seus moinhos de vento.

que assim seja.
de agora em diante, não espero, faço, não penso, penso, e crio. repito e aprendo. diabos, não é tão difícil. já tá quase no fim, do grande começo. as promessas que fiz de nada adiantarão, se tudo (somente) esperar. já me prometi fazer, e ando, fazendo, e às vezes, esqueço, e lembro de fazer, e não faço. mas farei. porque tenho, chega dessa coisa chata, presa e incontestável*, de dias iguais, vontades fracas, objetivos baixos e cabeças pequenas. não moinhos de vento.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

quase que dia

a barriga dói. gases podem ser um bom sinal. ou não. o ar, que comprime, imprime, entra e não sai. o ar, deus meu, mais sai, do que entra! esse ar, esse ar de mau agouro, carregado de malácia e magnânime em seu olor. tá podre em vida, hein mana?

os carros correm. não, não correm, movem-se em alta velocidade. mover-se é relativo, é bem verdade. à velha de cocó, pode ser. ao sinal, tá foda. batem-se, jogam-se, buzinam-se, descarram-se, tudo, rápido, lento.

o ódio sobe. e desce, e sobe, e salta, e gira, e entra pra fora, e sai pra dentro. ódio, que ódio de deus meu, de dele, de ti, de nosso, de ambos, de todos, de merda, que merda de ódio! ódio cego que cega, gente cega, não-muda e por vezes surda, cala a boca, merda de gente, todos de ódio.

a fome vem. venha a fome, as lombrigas insaciáveis, o violento roncar, a saliva incessante! a refeição que não espera, que se espera, que não é a esperada. ó, antes amarga a comida do que salgada!

a insanidade branda. rastejante. decadente. insistente. não era, não poderia ser, não foi e não há de ser. e o que há, risos, alívio, ultrajes, que foram, que são, que hão de ser: tolices. risos.

desculpa

se há tempos atrás, eu me bateria toda, me esmurraria a cabeça, me mutilaria os argumentos em teu prol. mas assim como o tempo, as coisas mudam, e crescem.
me valho de mim, do que sempre fui e por oras, permutei por banalidades. tudo muda, ninguém muda. a vontade muda.
portanto, sem mais enganos, decidi. fiz, e fiz pouco, admito. mas não só e, menos ainda, involtável.
nada é certo, isso é certo. depender de algo, uno, não é certo.
paciência - diria(m). desculpas esperadas (?). desculpe, não dá.

domingo, 14 de outubro de 2007

cu não tem acento, caralho! borssalizar não existe!

mas que porra. que educação de merda, que palavras mais escrotas, que dor que dá nos ouvidos, que choque que percorre o corpo ao me deparar com tamanhas aberrações. vão procurar nos dicionários, nos livros, na casa de vocês; essa babujança não existe, e jamais existirá! isso não é intolerância à neologismo, é intolerância à ignorância! Se desejam mostrar(em-se), que seja direito! tomem no cu, boçais! sem acentos indevidos, sem erres grotescos e na mais fina vulgaridade.

Melodrama

eu amo porque amo.
não preciso ser amante, e nunca sei sê-la.

eu amo sempre, infinitamente, vez por vez,
às vezes duas vezes,
e jamais amo sem amar.

porque amor não se vê quantizado
ou qualificado.
se vê.

e o amor não enxerga,
não se enxerga:
se entrega.

e se não entrega,
enxerga,
e não é amor.

é
razão.

diretas já!

tipinhos que eu odeio. que se acham espertos, revolucionários, intrigantes, interessantes, singulares. não, não me odeio. mas se me acho, disfarço - não-disfarçando, é bem verdade, mas disfarço.
desiste tu! não és esperto o suficiente pra argumentar bonitamente. nem revolucionário o bastante pra me impressionar com as tuas teorias chulas, já previamente teorizadas, nunca realizadas, talvez utópicas, mas sempre clichês fora do teu pensamento pseudo-esquerdista. tampouco interessante pra merecer tanto tempo da minha atenção ou singular pra se destacar em meio a tanta demagogia.
me poupa tu! das tuas piadas velhas, do teu pensamento vulgar, do teu sarcasmo chocho, das tuas atitudes hipócritas.
te avia! vai-te embora, vai estudar, vai ler coisa que preste, vai absorver o bom do bom, não ruim do bom e prestar contas ao que chamas de moral.
cresça! e não apareças, some!

eis a questão

eu tô querendo querer, muitas.
tô tentando conquistar, tudo.
e ando fazendo, nada.

não é de propósito;
e muito menos,
natural.

é uma vontade
que vem vindo
e se vai logo.

é desejo intermitente
que se perde
e se acha
nunca.

esperar é o que há;
obrar é o que se espera;
desistir é o que se faz (?).

espero o que há de vir;
hei de obrar as intermitências
e desistir de duvidância.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

ó meu deus. eu sei que tá tudo pela metade. me falta nada e, portanto, preciso de tudo ainda. preciso de dinheiro, de incentivo, de pés na bunda, de ombros, de palavras, muitas palavras, de livros, de filmes, de certezas, de possibilidades, de trilhas. pois, já levo tudo isso.

ahh, não dá pra escrever abertamente. então, deixa.

domingo, 2 de setembro de 2007

daqui a pouco sou só impigem.
nunca fui de me preocupar com essas coisas. sabe, cabelo, pele, gordura, piras.
sou mais o: me olhe, me ignore, me dê bom dia, me escute. e se surpreenda.
poético, mas nada, nada real.

[...]

ah deixa, vou ler.
esse post ia ficar uma merda mesmo.
melhor marcar um dermatologista.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

"amanhã veremos como os jovens entram na criminalidade. será a falta de deus no coração? (...)"

é broxante escutar os melhores profissionais do mundo misturando trabalho e crenças pessoais.
é, porque é ignorada a fé de outrem. e a falta dela também.
de pouco me importa no que tu acreditas, já disse. muito me importa o que tu tens a me passar, de conteúdo, de concreto, de serventia - tecnicamente. do mais, eu me viro.
continua tu, sem esse teu papo, porque tava ótimo sem ele. e olha, não faz falta nenhuma. nem bem. só mal. acredita.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

pá!

sufoquei as palavras pra evitar o suicídio. porque essas daqui ferem, corroem e causam uma dor insuportável, que não cessa nunca mais. e não quis repassá-las, sabe?
tem horas que ignoro os problemas allheios, porque hora ou outra, alheios ficam a mim. mas hoje não. não é que eu ache, repito, que eu seja*. é que sou, vou, vais e não vai prestar.
queria ser conselheira, das boas, se pudesse. o problema é que ninguém utiliza desses serviços.
queria ter músculos, e não geléia, se pudesse. pra dar um soco no meio da cara dos que não escutam, condenam e, pior, fazem o condenável/ado.
fracos de espírito, melhor preparar as giletes: um dia, se um dia, no dia, hão de ver. e vão.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

tava só, sozinho

saudosismo é bom demais, velho. ainda mais quando se tem a sensação que o que passou não passou, que o estar por vir não há de vir nunca e tu não tás nem um pouco preocupado com isso.
amigos são gostosos, dão vontade de morder, de comê-los inteiros e vomitá-los pra serem comidos de novo. são melhores ainda com sal, areia e suor, muito suor.
compromissos são o que há de ruim. de ser, de estar, de ir, de vir, de fazer, de evitar, entre outros. piores ainda quando largados de mão por um tempo e lembrados um pouco tarde demais.

[...]

sábado, 30 de junho de 2007

não sei se é bom ou ruim se sentir assim. bom porque essa é mais uma prova pro mundo de tenho sentimentos. ruim porque isso é agoniante. odeio dúvidas dos outros que partem de mim, mas toda essa insegurança aumenta ainda mais o que há de bom. e o que é bom é horrível, porque é desse jeito e não de outro, se de outro fosse ótimo seria. é terrível ser fechada e desconfiada. é ainda pior ser ingênua. ingênua? sabe deus se isso é ingenuidade. pode ser verdade. e se não for? e se for? que merda. tem horas que não se pensa. só penso. queria escrever abertamente, mas até pra isso me limito. me limito em falar, desejar, sentir. pra quê tanto? o meu medo é que tudo isso seja realmente necessário. deus, deus do céu, ajuda a filhinha da terra. dos altos e baixos, tá na hora de estar por cima agora, não?

domingo, 10 de junho de 2007

seja eu

não é que seja baixa auto-estima. nem sei qué isso. só tenho plena convicção de mim. entende isso? não é que eu ache, é que eu seja. de todas aquelas coisas físicas que eu falei, dos cotovelos e das veias, da ossudez preponderante e dos ruídos inoportunos, de todas, eu não aumentei. só comentei. não é que eu me veja, é, como eu já disse, que eu seja. e ainda tem o resto, que eu gosto de falar. não é que eu ache bonito, repito, que seja eu assim. da ganância humilde, da mente bizarra, da contradição do ser. que seja. que seja, bonita, feia, com ou sem a porra da auto-estima. o meu seja é bonito sem o ser, justamente por isso. por isso eu me gosto de auto, de outrem, de alto, de baixo, de mim, de si, de tanto, de até, de sempre porque me compreendo, porque me vejo, porque me sejo. não preciso de palavras feias, como a tal da auto-estima. me vêm palavras muito mais sólidas como boba, má e legal. seja eu, sem os livros da lista da veja, sem os artigos indicados pelos professores, sem querer ser mais por ser menos. ser mais concisa? justamente, sou nada. e pra isso, a auto-estima nada me serve.

não era isso, era outra coisa.

já percebi que quando eu quero fazer algo, eu faço do avesso. se quero A, ganho B. e ainda me fico feliz.
é mais uma daquelas coisas de que "se tu queres muito uma coisa, podes ter certeza de que não a terás". triste isso.
ou melhor: daí tu partes de um novo ponto, cria novas perspectivas, cria do contrário e no final, na hora do resultado esperado, tu tens o desejo inicial bem aí, na tua frente.
talvez fosse melhor fingir querer algo pra ter outro. não. quando se deseja, o desejo não se esconde de nós. vanamente tentamos escondê-lo, mas o que temos é a fortificação daquilo que queremos, justamente por cobiçá-lo, cobiçando outras coisas.
pelo menos querendo, é possível exercitar a capacidade de querer. porque, querendo algo, se quer muito mais, e se ganha muito mais, por querer mais. se pensa mais, se vai mais além, se têm, se dá e se dane. não anda dando certo mesmo.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

mania de achar que a vida tem que ser (e é) maravilhosa

nada como acordar pra assumir os compromissos e não o fazer.
largar o tempo, a higiene e os cabelos.
ter tudo conspirando contra ti e não usar os obstáculos ao teu favor.
simplesmente, ignorá-los.
ignorar o que tá próximo pra entender o longe, de perto.
calar falando.
olhar dormindo.
expandir-se estaticamente.
mudar pra ti ser.
a ardência generalizou.
que bom.

domingo, 20 de maio de 2007

frases prontas

hipocrisia, impudência, sonsatez, cinismo.
tudo é uma única mistura praticamente.
tem coisas que a gente pensa que acontecem apenas em novelas. que são idiotas demais pra realidade.
bobagem.
às vezes a gente entra numa peça de teatro e, de lá, sai só.
só.
quando há muito otimismo, a gente lembra de murphy.
o maior gênio de todos os tempos.
não existem amigos verdadeiros.
sequer pessoas fortes.
tudo tende a crescer, infinitamente.
e isso, não é otimismo.

me poupem os burros. isso deixou de ser indireta faz tempo.

sábado, 19 de maio de 2007

os momentos bons são irrepetíveis. os maus, são o contrário, mais até do que parecem ser.


eu não vivo em função de uma coisa única. eu vivo de várias coisas e sem todas elas.
eu não sou hipócrita. pelo menos, não me esforço pra ser.
eu presto muita atenção no que eu digo. se não disser, aí sim um motivo de suspeitas (indignas).

(revisto no dia 18/11. sabe lá deus a que eu me referia...)

quarta-feira, 2 de maio de 2007

(a)pensamento

existem três tipos de pessoas eu disse. aliás, dois: os burros e os inteligentes.
os inteligentes são inteligentes de fato. a inteligência não é adquirida, é simplesmente herdada ou conseqüência de mutações gênicas. os inteligentes não precisam assistir aulas e nem necessariamente tirar boas notas. a inteligência não é medida por números, e sim, por boas tiradas, aplicações eficazes e modo de aprendizagem. gênios, semi-gênios e superdotados não estão incluídos, pois representam uma parcela muito reduzida, e são a mesma coisa basicamente, só diferindo quanto à aplicabilidade do que sabem, dispostos em ordem decrescente. o exibicionismo também não é levado em consideração, visto que o reconhecimento alheio não é fator determinante e sim, contribuidor de auto-estima.
os burros estão divididos em dois subgrupos: os esforçados e os burros de fato. os esforçados não são inteligentes, mas provam que não são burros de fato por se esforçarem, como a própria denominação mostra, em sair de sua condição de burros e ir para a classe dos inteligentes, algo impossível, uma vez que burros serão sempre burros e inteligentes serão sempre inteligentes. os burros de fato, são burros, sabem disso e não se manifestam contra sua essência. os burros de fato só não são mais burros por não haver burrice maior em conformar-se com a alienação total. eu disse, total.

os esforçados perguntam, tiram dúvidas. os inteligentes formulam uma nova teoria para contrapor um dogma. os burros sequer sabem o que é dogma.
os inteligentes correspondem a 12% da população. os esforçados, a 28%. os burros, 60%. isso responde muita coisa.

eu não concordo, ele disse. porquê, perguntei eu. porque não.

bom saber que ainda há 12%.

obs: a tese é minha e eu posso ser arbitrária o quanto e quando achar necessário. agora, por exemplo.

terça-feira, 1 de maio de 2007

ai, que ódia!

o que você odeia?
inveja, falsidade, orgulho, mentira, exibicionismo, entre tantas coisas.
odeio a caracteríticas inerentes a todos os humanos. amo ser hipócrita.
acontece.

esponja de lavar louça nova; zumbido de mosquitos; remela; porta aberta; cutucões de um dedo só; cheiro de jambo; pombos; calma; inexpressividade; folha de papel amassada; verrugas; passarelas; cabelos entupindo o ralo; tempo; pés abafados; substâncias apolares nas mãos; fragilidade do grafite; chuchu; calor do asfalto, inhaca; direção dos ventos, sempre contrária à nossa; metal roçando nos dentes; ácaros; cama bagunçada; nó nos cabelos; não espirrar; controle remoto sem pilha; carros às duas da tarde; calçadas desniveladas; esquecer as chaves; alzheimer precoce; peças enferrujadas.

isso sim é digno de ódio.

ajeita aí, tá aparecendo

algumas pessoas passam a vida inteira usando máscaras. até pra elas próprias. outras, se confundem com as próprias máscaras e as usam como verdadeiro eu. algumas pessoas acreditam conhecer profundamente. as máscaras.
algumas pessoas sabem das máscaras e as usam, por falta de opção. algumas pessoas têm várias opções. de máscaras.
algumas vezes, algumas pessoas deixam as máscaras caírem. algumas pessoas se confundem tanto que acreditam que aquelas pessoas sem máscaras, estão na verdade, mascaradas.
algumas pessoas têm máscaras reservas.
a maioria das pessoas com máscara são interessantes. a maioria das pessoas com máscaras caídas são medíocres.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

entretanto antes chegar verso final compreendido não sairia nunca quarto estava previsto cidade espelhos (miragens) arrasada vento desterrada memória homens instante Aureliano Babilonia acabasse decifrar pergaminhos tudo escrito irrepetível sempre todo sempre estirpes condenadas cem anos solidão não tinham segunda oportunidade terra

isso é horrível. isso é leitura dinâmica.
por que deveria eu ler uma bíblia em seis horas?
seis horas de piscadas vagas, movimentos ritmados e entendimento lógico.
não seria melhor escolher um livro, calmamente na prateleira, sentar, ler as sinopses, analisar o próprio estado de espírito e, a partir daí, pegar um, deitar no sofá, coçar a cabeça, preparar um guaraná, sentir o cheiro de mofo das páginas, ver quantas serão necessárias até o clímax, ter vontade de adiantar o final, dormir, sonhar com os personagens, acordar, ler mais um pouco, atender o telefone e falar sobre o livro, desligar, ler de novo, chegar ao clímax, sorrir, absorver os sentimentos escritos e se irritar com o fim?

esse povo tem mania de fazer as coisas ao contrário. pra quê agilizar uma boa leitura? por que não agilizar a justiça, as filas, os ônibus, a burocracia, os velhinhos sem saúde, a polícia, as centrais de informações, as aulas de matemática, o tempo do condicionador nos cabelos, as pausas entre as músicas de um cd, a fusão da água?

"Entretanto, antes de chegar ao verso final já tinha compreendido que não sairia nunca daquele quarto, pois estava previsto que a cidade dos espelhos (ou das miragens) seria arrasada pelo vento e desterrada da memória dos homens no instante em que Aureliano Babilonia acabasse de decifrar os pergaminhos e que tudo o que estava escrito neles era irrepetível desde sempre e por todo o sempre, porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra".

isso é uma beleza. é g.g.m.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

menino quase

calça folgada. blusa rasgada. tênis encardido.
cabelo curto e grande na mesma cabeça. caretas. pesar de ombros.
cérebro preguiçoso. olhos atentos à descontração. risos solitários, insanos.
respostas impensadas. ironia imunda. boca podre.
incostância do cabelo. desleixo proposital. sorriso vencedor.
olhos. mãos. sentidos.
e ao que parece, não única.

fazer não fazendo

- bom dia.
- oi.
- BOM DIA.
- oi.
- tás estranha.
- sou assim mesmo.
- aconteceu alguma coisa.?
- sim.

(...)

- o quê?
- o que o quê?
- o quê aconteceu pra ti tá estranha?
- já disse que sou assim.
- não era assim há dois dias atrás.
- há dois dias atrás eu tava estranha.
- poisé...
- poisé o quê?
- tava estranha. desde há dois dias atrás.
- não. eu tava estranha porque não tava estranha.
- é, tu és estranha mesmo.
- é, é o que me dizem.

os que se julgam observadores e compreensivos do comportamento humano, sabe deus o que são - estranhos. os que se mostram sempre disponíveis e confortadores, sabe se lá porque fazem tanta capa - mascarados. os que se recolhem, sabe-se que são estranhos - mentirosos.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

de repente, não mais que de repente

eu me pego e olho.
e suspiro. e prendo a respiração até me dar conta que eu não posso viver sem ar.
de vez em quando, eu pego e finjo.
dou risada, falo bobagens e olho não vendo.
às vezes eu me pego fazendo coisas premeditadas.
friamente calculadas.
e até, em vão.
me pego e me olho, detetive.
fuçadora, orkuteira.
e ainda, sonsa.
de repente, não deveria nem pegar.
só olhar.
esperar.

de repente, pega e olha, e finge e suspira.

terça-feira, 27 de março de 2007

custa?
vou esperar até amanhã só.
do jeito que anda, mais pára.
vociferam em meus ouvidos
e murmuram por entre as minhas tripas.

olham inconvenientemente
a minha inconveninência.

pedem o bis
de algo inrepetível.

(im)possível inferir
se eu ou eles.

um dia eu me calo
e me sento
e não olho

e eles
vão falar
p(ara)or mim.

terça-feira, 13 de março de 2007

full of everyone

eu até tento ser alguém melhor, mas quando eu penso que tô conseguindo, outro vem e destrói tudo. eu sei que eu tenho culpa. só que nem sempre eu deixo de ser injustiçada. e não falo isso por pena de mim, porque quem menos tem pena, e de mim, sou eu. falo por ser pura sacanagem mesmo.

eu não consigo mais nem usar aquele lirismo.
assim como as pétalas, a espontaneidade e os textos secam.
nada mais parece bonito, ou diferente, ou gostoso.
talvez exames seletivos não venham a testar o conhecimento básico das escolas,
mas o básico de si mesmo.
poucos são aqueles que não se abatem com o sol do meio-dia;
ou mesmo, a falta de água.
eu já me abati, morri e estou sendo comida.
literalmente.
flor não é fênix, é flor.
que não reaparece de imediato,
não precisa tornar-se mais bonita
ou representar esperança.

que se fodam, posso tornar mais fácil calar bocas do que falar impensadamente. e vô, tá escrito.

[look what you've done.]

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

carta desconcertante

o post anterior ficou enorme e mesmo assim eu não consegui sintetizar tudo o que eu ando pensando. decidi reescrever, porque um assunto assim, não poderia ser toscamente discutido.
até ante-ontem, eu não tava nem um pouquinho preocupada. eu não achava que as coisas tinham chegado nessas proporções. eu ainda tava chateada, mas nem pensei no que tu tarias pensando a essa altura do campeonato. coisas de gente egocêntrica.
e por causa de tanto egocentrismo meu, andei sentindo o peso dos meus atos.
eu não me arrependo das palavras cortantes que te lancei, nem da minha frieza habitual. só me arrependo, e como, de não ter dito no final, as palavrinhas mágicas: "mas tu sabes que tu sempre podes contar comigo, nos bons e maus momentos.". fui mal. e mau.
na verdade, faltou a parte "dos maus momentos". que eu ajudava quando tu tava fudido, sabe?
sei que me preocupo muito em julgar e apontar e tentar corrigir certas coisas ao invés de ME corrigir, porque afinal, eu mais do que ninguém sou ciente das coisas que eu faço e dos meus defeitos. ao invés de exigir tanto a famosa humildade, eu nem sequer lembrei de me redimir.
não sei a que ponto eu tô levando toda essa história. mas é que, eu não sei a que ponto tudo isso mudou certas concepções tuas. e por isso que preciso levar tudo muito à sério, porque foi algo muito sério, que precisa ser levado seriamente.
é a nossa amizade que tá em jogo. não por mim, mas por ti. dessa vez, eu, incrível e inexplicavelmente, não consegui prever teus atos e ler teus pensamentos.
eu não tentei nenhuma outra forma menos fria de comunicação, porque, como já disse, não sei o que tás pensando, nem se tás pensando.
só sei que eu preciso do meu amigo, e melhor amigo, de volta. desculpa por não cumprir a parte do trato que dizia que eu seria compreensiva; desculpa por "achar" e só "achar" o tempo todo; desculpa por ser tão estúpida e xiita; e, o pior: por não te ajudar quando tu mais precisaste, e ignorar a tua tristeza/revolta/seja lá o que for, por mero orgulho.
desculpa por não ser tua amiga, como tu serias meu amigo. por não ser completa, nem sólida, nem constante.
desculpa. em outras circustâncias, eu poderia passar tempos sem te ver, mas só de lembrar que eu talvez nunca mais fale contigo, me sinto sufocada.
e não é frescura, é medo. de perder o melhor amigo que eu já tive.
faz muito tempo que eu não falo o que deveria, e sim, só besteiras. desculpa por tudo isso.
desculpa por esse texto piegas. precisava dizer isso.
te amo.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

tempo pode até ser, mas relógio né relativo não.

eu costumo dividir a minha vida em antes e depois do relógio.

ninguém me parava na rua. sabe, não gosto de andar sozinha. porque aí, começo a me preocupar. é, se tem alguma coisa na minha cara, se meu cabelo tá bom, se o meu zíper não tá aberto, ou se as pessoas olham e veêm na minha cara de pateta quanta patetice tenho pra dar. aí fico me ajeitando toda. mas ninguém me reparava; e eu passava despercebida e quando chegava em casa, me olhava no espelho, só pra ter certeza mesmo de que não tinha nenhuma meleca na minha cara.
nunca gostei de perguntar coisas pros desconhecidos. não me sinto à vontade. e além do mais, existem pessoas más, que mentem, só pra te deixar de ser besta e aprender onde fica a almirante barroso. e também tem as patetas, que não sabem, te respondem como se soubessem e ainda por cima, te explicam detalhadamente, só pra ter certeza de que tu vais te perder. talvez elas sejam mais más que patetas.
não usava nada nos braços. no máximo umas pulseirinhas, vez ou outra. é que os meus braços são muito finos e, sabe, alguma coisa neles poderia acentuar toda essa palitez.
as horas? afinal, pra quê existem os relógios da big-ben? e aquele lá, no início da almirante que tem a propaganda da cerpa? dá até a temperatura ambiente! e os relógios distribuídos pelo colégio? será que só eu olho? e além do mais, quem nunca esticou o olho pra ver o relógio do outro?

e cara, não sabia que era tão inconveniente não ter relógio. descobri isso no dia do meu aniversário. as meninas fizeram vaquinha (!), só pra comprar um relógio pra mim. relógio, digital e ainda, azul. só pra eu não ter escolha de não usar. afinal, azul como todos sabem, se não a minha cor preferida, é a minha mais freqüente. aí passei a usar relógio todos os dias.
o relógio da carol quebrou. acredito que não tenha quebrado, na verdade, acho que foi mais por vingança. é, porque aí, ela passou a me perguntar as horas o tempo inteiro, de cinco em cinco minutos, que horas são, a gente já vai sair, quantos minutos faltam pra acabar, quantos minutos faltam pra começar, quanto tempo ele tá falando, blá, blá, blá. que coisa.
e eu já tinha relógio, não precisava mais ficar olhando pra todo canto, procurando horas. elas que me procuravam. e achavam.
passei a ser mais descontraída, mais jovial e despreocupada.
foi aí que as pessoas passaram a reparar. no meu cabelo, no meu zíper, na minha meleca. mas, principalmente, no meu relógio.
talvez o relógio seja um elo entre as pessoas. o objeto da socialização. ele por todos e todos por ele. e todos por quem tem um. eu que até então tinham receio de perguntar, descobri que outras pessoas não têm receio nenhum. e como são perguntadeiras! acho que as pessoas confiam mais nas pessoas de relógio: "vamos perguntar. não, não!! pra ele não. pergunta pr'aquela menina ali. a de relógio."
e é coisa séria isso. porque antes, não precisava dar informações que não sabia, por pura maldade ou bestice, ou os dois. agora, basta ficar cinco minutos na parada de ônibus: "você sabe se o Canudos passa por aqui? ah, sim, obrigada. à propósito, que horas são?"
acho que os outros pensam que os de relógio têm a sabedoria eterna. o controle não só do tempo, da vida, do bem, e do mal. são os esclarecidos, os auto-suficientes, os gênios, os elvis e madonnas, os alac unic, os guias espirituais, o cosmo, os nerds, os messias do novo Tempo.
bom, só sei que tá na hora de trocar o mostrador. tá todo arranhado, sabe?

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

vá, expanda-se!

ah, livre.
livre de muitas preoucupações, idéias sujas e desconfianças.
livre pra fazer o que eu quiser, começar do meu jeito e usar a faceta mais conveniente.
pra necessariamente arrebentar, independentemente fortificar e invariavelmente ser. ser de ser, de estar, de ir e vir não precisando estes últimos serem equivalentes. na verdade, mas ir do que vir.
presa ao tempo e livre dele pra fazer o que for. usá-lo só ao meu favor, seja ele mais meu, seja ele mais deles, portanto mais meu ainda.
livre das indagações, tiradas idiotas e urros débeis.
da língua chata, presa e incontestável.
livre deles. livre de mim.
livre do cansaço, do ócio, do cotidiano repetitivo. pra escolher sempre que quiser entre o marasmo e ritmo frenético da vida.
pra ir de encontro a mim, e só a mim, e a eles também. muito a mim e muito a eles, porque a mim, depende muito deles. depende quase que só deles. e quase que totalmente de mim mesma.
livre pra me ser.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

coisas

égua, tem tanta coisa pra falar.
tenho que dizer que eu me acho tão igual, mas tão diferente.
que eu entendo perfeitamente os problemas alheios porque parece que eu sempre já passei por toda aquela situação, refleti, re-refleti e cheguei a uma conclusão óbvia e racional.
que eu sou extremamente ansiosa, e não consigo esperar por nada. eu quero tudo e quero pra já, senão desisto logo, porque, sabe, talvez não seja aquilo que eu queria.
que eu queria que alguém falasse tudo o que eu penso de mim, gratuitamente.
que a minha tosse já dura um mês e tenho medo de estar com uma doença mortal.
que eu preciso, urgentemente, sair e me divertir, porque depois que a gente sai e se diverte, a gente fica dependente daquilo e não há nada para remediar esta situação, a não ser, uma nova diversão.
que eu queria que as certas coisas fossem mais acessíveis pra mim.
que o meu cabelo voltasse a ser como antes.
e que amanhã não tivesse o maldito espanhol.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

pois faço uso de clichês, porque são verdadeiros: infinito enquanto durou

acho que esse négocio de férias curtas ajuda a animar. é, porque tu sabes que as tuas férias não vão durar quase nada, então, aproveitas de todas as maneiras possíveis e imagináveis.
eu, por exemplo, ao invés de ler, escrever, me exercitar e cortar o meu cabelo, saí, fiz o T, quebrei o meu porco e comi brigadeiro com biscoito.
foi bom. na verdade foi ótimo. redescobri uma amizade tão velha quanto verdadeira, e outras tão verdadeiras quanto intensas. torci pra caralho e continuo torcendo, me ralei toda, fudi mais minha garganta e dormi com lápis de olho e sem lavar o pé.
porque a melhor satisfação ao sair das férias, é ter o corpo todo dolorido, os pés inchados e uma gripe desgraçada; é voltar com tudo, mas cansada do que antes.
férias é sair da mesmice, esse marasmo chato rotineiro; época de revelações, planejamentos e medos antecipados. férias é férias, de tirar férias de si mesma e usar o outro eu; o eu despreocupado, otimista e elétrico que se esconde nas aulas de matemática.
o ano que eu sempre esperei chegou. e quer saber? tô nem aí, quero férias de novo. eu quero me divertir, pra garantir meu futuro de boas lembranças e mais nada.
minha canela ainda dói. pescadora de ilusões.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

a dor de dente pode nos levar a sérias reflexões.
quando eu tenho dor de dente, lembro da infância, quando não me preocupava com as cáries. é, elas iriam embora, juntamente com os dentes de leite.
fico preoucupada com aquelas histórias de que, se for cárie mesmo, um dia ela pode perfurar a gengiva, cair na corrente sangüínea e me matar.
ou então me pego pensando em próteses dentárias. a típica cena: no meio da prova, puff! o dente cai, você pega, pede ao fiscal gentilmente para ir ao banheiro e dá um sorriso. ninguém discorda de um banguela.
acho que isso tudo, no fundo, é culpa das férias.
nas férias, você tem que fazer um monte de coisas chatas: ir ao médico, cortar o cabelo, arrumar o guarda-roupa. e se não tiver, vai aparecer alguma, te acalma.
eu tenho coisas pra fazer, sabe? ir ao médico, cortar o cabelo. o guarda roupa já arrumei. enquanto não faço nada disso, me aparecem mais problemas. como essa maldita dor de dente.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

musicalidade de férias

ô ócio.
que me invade, transpassa os meus sentidos e subtrai as minhas energias.
ócio.
que me cega, me emudece e me paralisa.
ô.
que me come e me alimenta nessa autotrofação cotidiana.

cão dos infernos, vá!
vá, eu preciso cortar minhas melenas serenas.
preciso me cuidar, coisas de qualquer mulher.

faz parte de mim, faz parte do meu show.

depois eu digo, que por isso, não vá embora e não me deixe nunca mais.

e à meia noite eu grito, quase sufocando:
me deixem em paz, é férias!

sábado, 6 de janeiro de 2007

jesus, pai amado, senhor.

é amanhã.
e eu tô com medo.
pode!?

pode!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

né maldição não. é graça.

cinco gostosuras:

1. akira: gostoso como ele só. policromático, mutante e dono de uma bundinha de macaco arrebitada, graciosamente enfeitada com um cotó elétrico na ponta. cachorro com jeito de gato, cara de foca e gênio de gente. ah, e não esqueçam da bundinha.

2. música no banheiro: comprovadíssimo já: o formato do seu banheiro faz de você um cantor delicioso como você só. e, além de treinar a performance pro dia da sua descoberta, você ainda disfarça os ruidinhos, sabe.

3. rouquidão: garganta inflamada, tosse, gostinho de catarro e rouquidão. uhh, chuchu beleza. quando se tem uma voz aguda, rouquidão é o melhor remédio. quem disse que eu não tenho sex-appeal?

4. geladeira: branca, impotente na cozinha. confortadora de almas perturbadas. e mais, imbatível conselheira. gostoso é abrir a geladeira, pensar, decidir-se e ainda beliscar o resto da torta de chocolate dos outros.

5. lapiseira nova: primeiro a vontade de estudar, fazer cálculos, comprar um caderno novo e fazer letra bonita. depois, escrever o nome, criar um novo alfabeto e desenhos macabros. logo, todo esse arquetipismo some e vêm a mente grandes idéias, teorias revolucionárias e a vontade de mudar o mundo. e então, blog.


agora é com o bibi e a jurubeba. vocês são dois, mas o bibi vale por quatro e meio.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

quantas horas mais vou me bater?

uma boa começar o ano escutando los hermanos.
na verdade não tanto, quando se tem a prova esperada 2006 inteiro no próximo domingo.
devia estudar.
saco cheio já. de vácuo, antes fossem de boas idéias.
parece que cabô tudo; que nem começou.
eu preciso de tanta coisa. mas o que eu mais preciso, pode garantir todo o resto.
e eu ainda não consegui entender química.
não, o bicho já pegou.
acho que vou pensar em acreditar Nele por uma semana. é que talvez desse certo.
porcaria de ano que não acaba. domingo tá longe, porra.