segunda-feira, 28 de agosto de 2006

há males que vêm pra bem. será?

sou briguenta, eu sei. mas não sou porque eu quero, sou porque sou, porque é genético, mamãe me fez assim.
me desculpem se eu sou incompreensiva, se arregalo os olhos e grito com vocês, ou se, mesmo sem falar nada, dou a entender meu descontentamento.
eu amo vocês, só isso.
só sou o mal querendo fazer o bem.
não quero que vocês sejam crianças inconseqüentes.
nem que destruam a própria personalidade.
sejam infelizes por e para procurar a felicidade, momentânea diga-se de passagem.
não é tempestade em copo d'água, é muito mais que isso.
mas nem sempre isso é visível aos olhos de todos.
não que eu seja mais esclarecida, ou experiente, longe de mim.
vocês é que parecem cegas demais.
talvez muitas coisas passem despercebidas por mim, já que, eu não sei fazer outra coisa a não ser colocar os outros lá embaixo, falando as verdades nuas e cruas.
é que eu acho que sinceridade é uma virtude e deve ser levada em consideração.
não queria atrapalhar, nem ser estorvo na(s) vida(s) de ninguém.
só quero ajudar, já disse.
nem sempre as pessoas querem ser ajudadas, eu sei, já percebi.
mas preciso ser persistente com vocês, porque, vocês... vocês não são um alguém. são as pessoas que eu amo. e pronto.

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

icoraciense eu sou. fazer o quê?

ônibus não, carroça. de ferro, seis rodas, em ressonância integral, controlada por um psicótico com sede de desnortear os viajantes com freadas buscas.

porra. égua, só porque hoje eu peguei ônibus cedo, jurando que sete meia ia tá em casa. porra. fico puta com isso, cara. engarrafamento gigantesco, pegou metade da almirante! puta a merda, dá vontade de quebrar o vidro da janela, dá um soco nessa moleca aqui do lado e enfiar o vidro no olho do suposto motorista, pra deixar de ser besta. porra.

lembranças obscuras, pensamentos vagos, paisagem monótona, marasmo e essa música. juntando tudo, dá uma dor de cabeça desgraçada. e o sono? que sono!!

mas que porcaria! comé que a gente escuta música? batendo os pés no chão? as mãos? mechendo os lábios, mas sem emitir sons? dando pulos? por que me olham? parece que nunca viram... ou escutaram, sei lá.

será que só reparo no meu reflexo no vidro do ônibus? que aliás, tá péssimo. lembra da cara de cu? poisé, uma legítima cara de cu, mal-humorada, doida pra chegar em casa, segurando a cabeça com a mão esquerda, testa franzida, olhos fixos num ponto distante e lábios formando um bico de pato.

mas por quê olham? uma galera vai descer na 16 e tá levantando, mas por quê tão olhando pra mim? meu cabelo tá feio? tem alguma coisa na minha cara? meu zíper tá aberto? tô cagada? mas que coisa, eu hein. tem gente que olha pra tudo...

terça-feira, 22 de agosto de 2006

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

eu digo que não me importo com a opinião alheia. mentira. no fundo, essas que dizem ser as mais auto-suficientes e pouco influenciáveis são aquelas que usam da negligência e da indiferença disfarçada pra serem um pouco mais admiradas, por sua independência e personalidade forte.
sou uma fracassada. que não consegue levar nada adiante, mas vive criando novas metas, sem ao menos tentar atingir metade delas. que até quando tenta, não consegue. parece que, quanto mais indiferente eu fico, melhor. porque não tive o trabalho de me preocupar e alcancei o meu objetivo. quando não, quando tento me esforçar, nada dá certo e eu saio frustrada por ter perdido tempo em algo que eu nunca vou ter.
eu não faço nada pra mim. faço pros outros verem o quanto eu sou legal, esperta e desleixada.
só que isso não dá mais certo, esse desleixo de todos esses anos, deixou a marca da irresponsabilidade que eu vou ter que vencer, de qualquer forma.
pra ter aquilo que eu tento almejo: o reconhecimento, e mais nada.

domingo, 20 de agosto de 2006

era o quê mesmo?

ah, esqueci.
eu sempre esqueço.
analiso o cotidiano alheio, ou até, o meu próprio, que consiste em observar tudo e todos; crio argumentos fortes; formulo opiniões sobre frivolidades; crio frases de impacto.
depois, esqueço.
o que eu queria era uma máquina. uma máquina, que coubesse na palma da minha mão, com fios invisíveis interligados no meu cérebro, pra que eu pudesse pensar e escrever, sem as mãos.
porque as mãos me atrapalham.
é, elas bloqueiam os meus pensamentos únicos, que eu nunca mais vou pensar.
e esqueço tudo.

ah, já esqueci de novo.
malditas.

sábado, 19 de agosto de 2006

Roberto Marinho: O revolucionador da mídia brasileira, só para lembrar que aqui, marketing pessoal é tudo.

dentro dessa lógica capitalista de hoje, eu não posso culpar os meus diretores por fazerem aquilo que seria um segundo lar, a complementação do apoio e da educação dada pela família, uma empresa. tudo bem, eles podem moldar a nossa imagem de aluno do futuro; podem lavar e enxagüar as mentes de pobres coitados e até mudar o curso da história das nossas vidas através de decisões mal quistas pra nós, mas bem quistas pr'eles.

- não, obrigada. não quero fazer medicina, muito menos direito na federal. já disse que não! mamãe me ensinou a tomar minhas próprias decisões. minha irmã me mostrou que devemos ser nós mesmos apesar de tudo. e eu percebi que não preciso agradar ninguém, muito menos você, senhor diretor. o que eu quero? jornalismo, lógico e evidente. sonho? eu sei... morro de fome, mas morro feliz, fazendo o que eu gosto, sem precisar dar ibope pra ninguém. só o que eu quero é ser eu.

a massificação de culturas proveniente da globalização criou um exército de mulas que usam calça da gang, nike shox 248.903 molas, pulseiras livestrong, chapinha no cabelo e dão lapada na rachada. desculpando as mulas, claro. talvez isso seja explicado cientificamente. é... talvez: no reino animal, no qual estamos incluídos, mas insistimos em nos excluir, os indivíduos tentam, de todas as maneiras evoluir e serem melhor que os outros, tudo em busca daquilo que está na essência de todo ser vivo: perpetuar-se. talvez... talvez seja isso. eu compro uma calça da gang, arrebito a bunda, e assim, lapada na rachada. competição por reprodução, oras. além dessa, é possível observarmos também a competição por ideologias. ou tentativa de conquista de uma. é, porque, ser vazio e gostar de beyoncé é muito fácil. difícil é ser patriota todos os dias.

- anti-social? claro que não! eu só não quero ficar assim, demente. sabe, eu quero agradar a todos, mas sendo assim, como sou e pronto. é, eu sei que assim, não agrado ninguém. mas se eu não consigo fazer o quê? fazer como a maioria e me permutar e ser ridícula e pisar em cima de todos pra ser melhor e tentar a qualquer custo melhorar somente o meu lado físico e construir relações superficiais e baseadas em interesses profissionais? eu hein... prefiro ser a antipática, narcisista que acha que sabe tudo e não sabe nada, que critica tudo e todos toda hora e não precisa de hipocrisia pra sobreviver.