domingo, 24 de fevereiro de 2008

calvície cardíaca

foda-se, vou escrever abertamente dessa vez.
porra, pensei que seria mais fácil. aliás, pensei que não seria nem um pouco difícil. mas como sempre, nada ocorre como se arquitetou. as palavras fugiram, a mente vacilou, os olhos marejaram. mentira? mentira, tás a enganar a ti mesmo. pois é a mais pura verdade, quase indizível e, portanto, muito sincera. na hora não falei, falhei. agora recrio, duvido. não era pra ser, mas e se fosse? e se eu fosse, e se tu fosses e se nós fôssemos? fossa!? serão as altas horas filosóficas ou o medonho pesar? nem as músicas reflexivas, as conversas esclarecedoras ou os xingamentos ensaiados me restaram. eu preciso de todos, que não estão em mim. é ruim assim. e o pior, é que nunca havia sido. a raiva esfarrapada cedendo à dúvida existencial? mas que diabos, onde andam todos aqueles pêlos? diabos, venham tomar conta de mim. lhes dei tanto carinho e, agora, me renegam. esse marasmo me irrita, muito mais que o melodrama, pois é a agitação contida. só peço a contenção idiossincrática; a expansão instintiva. é só uma questão de tempo, sempre foi. o cabelo volta a crescer.

2 comentários:

  1. que tanta porra é essa?
    Tu es foda, expresou bem, escreveu bem, eu gostei meuito!
    Ta bom, parou a farofada, mas que ficou legal, ficou!

    blog novo!

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